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Enviada em: 10/04/2018

No atual cenário econômico brasileiro, caracterizado por múltiplas facetas, é visível o destaque que atividades do setor primário, sobretudo a agricultura, desempenham na manutenção das atividades financeiras e cotidianas do país. Tal fato deriva do Período Colonial, no qual as práticas agrícolas foram o foco da época, além da industrialização tardia e incompleta do país, iniciada apenas na Era Vargas. Assim, a agricultura de subsistência ou familiar evoluiu para o agronegócio, uma atividade organizada e fundamental à estrutura econômica nacional, ao passo que gera emprego, renda e alimento, mas também há impasses relativos a sua expansão, o que gera discussão.    Em primeira instância, é válido estabelecer um equilíbrio entre a necessidade de se produzir aliada à necessidade de conservar. Em geral, isso não ocorre no Brasil, uma vez que o agronegócio possui um caráter destrutivo, seja através da degradação desmedida do solo pelos ciclos de plantio, da poluição dos cursos d'água pelo lançamento de fertilizantes ou do desmatamento para maiores áreas de cultivo.É preocupante o dado apurado pela revista Exame de que, desde 2006, a área de cultivo de soja cresceu 300% de maneira rápida.    Além disso, outra polêmica em relação à expansão do agronegócio brasileiro diz respeito à constante luta dos indígenas pela ocupação de terras. Conforme as áreas agrícolas crescem, essas tendem a invadir terras demarcadas, o que gera conflitos fundiários. Consoante ao pensamento do sociólogo Karl Marx, segundo o qual a história da humanidade é a história da luta de classes, evidencia-se a necessidade de abrandar tais discussões no país.    De acordo com o filósofo Confúcio, não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros. Depreende-se, portanto, que para solucionar tal impasse, é necessário uma mudança em todo o contexto do agronegócio do Brasil. É fundamental, pois, que o Ministério da Justiça intensifique as leis que assegurem um agronegócio sustentável, e fiscalize semestralmente as atividades produtivas. Além disso, deve-se criar, através do Ministério da Agricultura, bônus, tais como auxílio nos custos de produção, destinado a proprietários que se destacarem na produção sustentável. Ademais, as terras demarcadas devem ter seus limites respeitados, através de vistorias.