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Enviada em: 14/04/2018

Há nove mil anos, quando ocorreu a revolução agrícola, a agricultura e a pecuária passaram a ser uma grande dádiva para os povos mais poderosos da ápoca. Hoje, no entanto, especialmente no Brasil, os efeitos da intensa modernização e expansão dessas atividades produtivas, por meio do agronegócio, tem provocado muita polêmica no país, tanto pela degradação ambiental que ameaça a humanidade, quanto pelos problemas fundiários, os quais estão perpetuando a desigualdade social na nação.  O documentário Cowspiracy: O Segredo da Sustentabilidade, revela que há uma enorme conspiração mundial em torno do sigilo em relação ao impacto devastador da agropecuária, cuja emissão de gases tóxicos resultantes da criação de gado supera a poluição atmosférica produzida por todos os automóveis do mundo. Logo, é inútil pensar que a economia de água durante o banho salvaria o planeta, já que 30% da água mundial é usada para a produção de carne bovina. Sendo assim, percebe-se que o Brasil, embora seja o país que mais exporta esse tipo de  alimento, é um dos que menos se preocupa com os desastres ambientais decorrentes desse mal, propiciando, assim, a perda contínua de recursos muito mais essenciais à vida humana que um pedaço de carne.  Outrossim, destaca-se, ainda, a má distribuição de terras como uma das consequências mais agravantes do agronegócio, visto que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) há mais bois do que pessoas no Brasil. Assim, é óbvio que a área terrestre ocupada por esses animais é imensa e poderia ser aproveitada para projetos sociais como a própria reforma agrária. Além disso, os “oceanos de soja” também se estende por boa parte do território nacional, deixando poucas terras para o pequeno agricultor, o qual, muitas vezes, pela escassez de recursos ou pelos conflitos agrários abandona sua propriedade para viver nas favelas dos centros urbanos. Essa fatídica situação, por sua vez, faz com que esses indivíduos fiquem cercados pela criminalidade e assolados pela pobreza. Á vista disso, nota-se que acabar com o agronegócio não é a solução mais viável para o problema e sim executá-la de forma sustentável. Portanto, é primordial que os três poderes da república instituam leis mais severas quanto à fiscalização e exigência de uma compensação ecológica e social pelos danos que o setor agropecuário causa ao planeta e às pessoas que hoje vivem marginalizadas em decorrência da monocultura e o governo deve estar aliado à essa causa, valorizando a agricultura familiar com a efetivação da reforma agrária. Além disso, é essencial que Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento junto ao Ministério das Comunicações se unam em prol da realização de campanhas nos mais diversos meios de comunicação no que tange à diminuição do consumo de carne bovina e diversos hábitos sociais que propiciam o avanço exacerbado do agronegócio no país.