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Enviada em: 15/04/2018

O agronegócio sempre representou uma substancial fatia da economia brasileira, por esse motivo há uma preocupação em se modernizar e expandir o setor, mas esse crescimento tem gerado diversos problemas como: a degradação do meio ambiente, o alto uso de agrotóxicos, e o aumento do lobby feito pela bancada ruralista para que medidas favoráveis ao setor sejam adotadas. Assim, são necessárias ações para que essa expansão aconteça de forma sustentável.             De acordo com o portal do agronegócio, o segmento representa 33% do Produto Interno Bruto (PIB), 42% das exportações totais e 37% dos empregos no país. Dada a importância para a economia, a sua ampliação é estimulada, resultando em muitos impactos ambientais como, o desmatamento da mata nativa, abrindo espaço para pastagem e cultivo, a extinção de espécies, resultado da destruição de seus habitats, a degradação do solo, devido a técnicas de cultivo inadequadas, como a monocultura, que  ocasiona o esgotamento dos nutrientes tornando o solo improdutivo no futuro.              Um segundo aspecto relevante é a prática consolidada do uso de agrotóxicos pelos produtores brasileiros. Segundo a consultoria Phillip McDougall, o Brasil é o país com o maior consumo do produto no mundo, além disso, dados da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) revelam que 22 das 50 principais fórmulas de agrotóxicos utilizadas no país são proibidas na União Europeia. O uso indiscriminado de pesticidas não causam danos apenas ao meio ambiente como à própria economia, uma vez que essa atividade não é tolerada por muitos países, fazendo com que o Brasil perca potenciais mercados para a exportação de seus produtos.             O agronegócio também desempenha um importante papel nas relações políticas do país. Na Câmara dos Deputados, a bancada ruralista conta com 200 deputados federais, que alegam ser necessário a diminuição de restrições para destravar o desenvolvimento econômico. Sob esse argumento visam à exploração de áreas ambientais protegidas, o aumento da jornada de trabalho para 18 dias seguidos sem folga, a liberação de trabalho aos domingos e feriados, que colocariam o trabalhador rural em condição análoga ao trabalho escravo.             Em virtude dos fatos mencionados, é necessário que o Governo ofereça cursos gratuitos aos produtores sobre manejo sustentável da terra e redução do uso de agrotóxicos, estimulando a prática através de linhas de créditos e incentivos fiscais para aqueles que a adotem, maior fiscalização das condições trabalhistas no campo para evitar possíveis abusos e penas mais rígidas para latifundiários que desmatem áreas protegidas, pois percebe-se o uso da justificativa do avanço econômico para a diminuição de direitos ambientas e trabalhistas.