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Enviada em: 16/04/2018

Plantations do século XXI: a expansão do agronegócio       A partir da segunda metade do século XX, as questões relacionadas ao agronegócio e sua expansão tornaram-se cada vez mais presentes e urgentes. Nesse contexto, o Brasil virou palco de guerra entre aqueles que atacam e aqueles que defendem a expansão do agronegócio, o que gerou polêmicas acerca dessa situação. Assim, para que essas questões sejam solucionadas, é necessário entender as causas e desdobramentos dessa expansão, bem como seu impacto sócio-econômico e ambiental.       Ainda existe no imaginário coletivo brasileiro que o único potencial econômico a se explorar no país é a produção de gêneros agrícolas em larga escala e sua posterior exportação. Essa mentalidade, arraigada desde os tempos das "Plantations", tem efeitos nefastos. Um deles se refere à baixa diversificação produtiva, o que aumenta o risco do Brasil perecer em situações de crise econômica global. Outro efeito perverso é o desgaste excessivo dos solos, a ponto de torná-los inutilizáveis para a agricultura e para a pecuária em um espaço relativamente curto de tempo, além da destruição de ecossistemas inteiros.       Dessa forma, verifica-se que os problemas relacionados à expansão do agronegócio não residem necessariamente nesta modalidade de negócio, e sim na ganância exacerbada de produtores e na corrupção existente no meio político, que permite com que fazendeiros expandam seus territórios irrestritamente. Soma-se a isso, a ingenuidade e a negligência de boa parte da sociedade brasileira que ao se defrontar com tal situação, muito polemiza sobre a expansão do agronegócio ser boa ou ruim e pouco se mobiliza no sentido de criar leis que limitem severamente a invasão de florestas e pressionem o poder executivo a fim de investigar casos de corrupção neste ambiente produtivo.       Isto posto, fica evidente que somente por meio de incentivos governamentais de diversificação produtiva, pela exigência do ensino técnico de manuseio correto do solo, aliados a movimentos sociais de preservação ambiental e de uma profunda reforma legislativa acerca da expansão das terras agricultáveis, será possível minimizar a ação antrópica no meio ambiente e criar um espaço produtivo sustentável no Brasil.