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Enviada em: 14/07/2018

Historicidade e omissão: fatores essenciais na problemática do tabaco   A revolução industrial - acontecimento histórico ocorrido inicialmente na Inglaterra - possibilitou uma maior dinamicidade nas relações de consumo. Entretanto, a despeito da praticidade na aquisição de produtos, itens como o tabaco, cujos malefícios são notórios, passaram a ser consumidos em larga escala. Tal nocividade é fruto de um longo processo histórico e de medidas governamentais insuficientes.   Torna-se necessário, primariamente, ressaltar que o cigarro fora visto nas últimas décadas como um artigo de luxo e status, indispensável para a inserção social. Muitas vezes acompanhando protagonistas de filmes e seriados, assim como veiculado exaustivamente nos comerciais televisivos (até ter sua propagação em rede aberta banida), ele influenciou gerações e até moldou o padrão de comportamento de muitas pessoas. Tal impacto no imaginário social, contudo, permanece coeso, demandando medidas práticas que visem mitigá-lo.   Além disso, a atuação estatal se mostra como fator limitante. Embora medidas governamentais fossem adotadas nos últimos anos, como imagens impactantes que ilustram fetos com graves deformidades, bem como indivíduos acometidos por câncer de pulmão, seu consumo continua sendo realizado drasticamente. Em face disso, empresas que comercializam tabaco continuam obtendo lucros exorbitantes, sem empecilhos fiscais ou monetários que impeçam a abertura e continuidade de negócios no ramo.   É evidente, logo, que o Estado, através de suas agências reguladoras, proíba cenas que veiculem o uso do cigarro em produções nacionais, assim como canais televisivos aumentem a faixa etária para filmes produzidos no exterior, a fim de evitar que jovens os assistam. Também faz-se necessário, através de projetos de lei, propor uma tributação com alíquotas progressivas que visem coibir o crescimento de empresas que produzam ou participem ativamente de sua cadeia de produção. cia