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Enviada em: 12/07/2018

Consoante ao poeta Cazuza, "eu vejo o futuro repetir o passado", a questão do tabagismo não é restrita ao século atual. Desde à chegada de Cristóvão Colombo na América, com o uso e cultivo do tabaco por índios, essa vicissitude é uma realidade. De mesmo modo, na contemporaneidade, às dificuldades para combater à dependência de usuários persistem, seja pela falta de apoio no tratamento de fumantes, seja pelo ingresso de jovens no mercado consumidor.      Em primeira análise, evidencia-se uma falta de políticas públicas para auxiliar o fumante no tratamento da dependência do cigarro como parte do problema. Segundo pesquisas coordenadas pela universidade canadense de Waterloo em 20 países, que incluiu o Brasil, foi constado que cerca de 80% dos fumantes brasileiros tem vontade de parar de fumar. Embora que, grande parte queira abandonar o vício, a efetivação de políticas públicas que auxiliem no tratamento ainda não se faz efetivamente presente no país, de modo que, acaba por desincentivar o dependente a se tratar, e assim, perpetuando o uso de tabaco pela sociedade brasileira. Como consequência da não efetivação de tais políticas, o aumento de doenças relacionadas ao uso do cigarro já são perceptíveis, haja vista que, segundo o Ministério da Saúde, no ano de 2011 foi destinado 30% do orçamento do SUS, para o combate de doenças em advindas do tabagismo.      Outrossim, destaca-se à entrada de jovens no mercado de consumo dos cigarros como fator que corrobora para a continuidade da problemática. Embora que, seja proibida à venda de cigarros para menores, muitos para se inserirem em determinados meios sociais acabam por adquirir tabaco ilegalmente e fazer uso de tal droga sem se preocuparem com as consequências desse consumo. Segundo o Ministério da Saúde, 1.8 milhões de jovens já haviam experimentado o cigarro ao menos uma vez na vida, tal estatística representa cerca de 18% dos jovens brasileiros. Tal contexto acaba pondo em risco à saúde do jovem que, ao fazer uso frequente da droga acaba por desenvolver doenças como: câncer de pulmão, bronquite e infertilidade, de forma que, acaba por elevar os gastos com saúde pública no país e diminuir a expectativa de vida média do brasileiro.    Diante dos fatos supracitados, é notória à necessidade da criação de meios para atenuar o tabagismo no Brasil. Portanto, o Ministério da Saúde deve investir na criação programas com o intuito de auxiliar no tratamento de dependência química dos fumantes brasileiros, para assim diminuir os gastos com saúde pública e evitar futuras doenças advindas do tabagismo. Ademais, o Ministério da Educação deve criar programas que promovam palestras e debates com os alunos, de modo que, discutam os efeitos do tabagismo, para os jovens se conscientizarem e não fazerem uso do tabaco.