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Enviada em: 30/07/2018

Cazuza, cantor e compositor brasileiro, diz em sua música "O Tempo não Para" que o futuro estava repetindo o passado e que a sociedade estava cometendo os mesmos erros. Analogamente, no que diz respeito ao tabagismo no século XXI, observa-se que tal cenário possui raízes históricas e revela-se como consequência das propagandas em favor do uso do cigarro no passado. Entretanto, mesmo diante de números que revelam as consequências do seu uso, ainda há um grande contingente de pessoas que morrem, anualmente, por consequência do tabagismo. Por isso, as falhas midiáticas e as irregularidades nas campanhas devem ser pontuadas e discutidas como principais precursoras no que tange ao elevado número do uso do tabaco no Brasil.        Em primeira análise, cabe considerar que, há décadas atrás, as propagandas em favor da utilização do cigarro abrangiam países de todo o mundo, os quais exibiam homens e mulheres saudáveis utilizando o tabaco, e apontavam, diretamente, o seu uso como sendo parte de uma vida moderna. Entretanto, as consequências acerca do fumo só foram reveladas décadas depois com estudos que apontavam o cigarro como atuante, direto, em doenças como o câncer de pulmão. Todavia, mormente, o exacerbado número de mortes causadas pelo tabagismo possuem, ainda, causas como falhas midiáticas, as quais não cumprem seu papel de atingir toda a comunidade nas diligências contra o uso do tabaco.       Outrossim, as campanhas do Ministério da Saúde, muitas vezes, não sensibilizam os indivíduos ao fim do tabagismo devido às irregularidades que encontram-se presentes em tais ações, seja pela linguagem pouco apelativa, seja pelo linguajar de difícil compreensão por parte dos dependentes. Ademais, as consequências do uso da nicotina não somente as doenças, mas significam, também, os altos custos para o Estado e para as famílias dos usuários da droga. Parafraseando a frase de Thomas Hobbes, intervenção estatal é necessária como forma de proteção dos cidadãos de maneira eficaz.    Em vista disso, o Governo Federal, em parceria com o Ministério da Saúde, deve promover campanhas na mídia que retratem as consequências nocivas do tabagismo. Isso poderá ser feito por meio de documentários com a própria população de pessoas que sofreram as consequências do uso do cigarro, visando atingir um grande percentual de pessoas e amedrontar os cidadãos acerca dos efeitos do tabaco no organismo humano. Além disso, o Ministério da Saúde deve disponibilizar agentes de saúde, como psicólogos, para atuar na Saúde da Família, a fim de promover o contato direto do profissional e usuário, e isso poderá ser feito com a disponibilização de especializações para o profissional. Assim, poderá haver uma redução de mortes causadas pelo uso da droga.