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Enviada em: 12/07/2018

Desde as grandes navegações do século XVI, percebe-se a valorização de substâncias narcóticas e a comercialização dessas para gerar lucro àqueles que investem no sustento do vício dos dependentes. Esse cenários ainda persiste na sociedade atual, no entanto, com novas substâncias mais agressivas ao organismo, como a nicotina, estimulando o crescimento da indústria do fumo. A manutenção de hábitos culturais dificulta a redução do número de fumantes, gerando consequências à saude dos usuários.       Nesse contexto, a preservação de estígmas da sociedade industrial influencia o tabagismo entre os indivíduos da contemporaneidade. No século XIX, o simples ato de inalar fumaça contendo compostos químicos tóxicos, desconhecidos pelos usuários, era considerado um comportamento burguês e havia certo prestígio social relacionado a tal prática, incentivando o crescimento do número de usuários, uma vez que os indivíduos tentavam alcança-lo. Essa situação semelhante é evidenciada na sociedade atual, na qual fuma-se visando ao destaque no seu grupo social, associando a atitude ao sinônimo de estilo e personalidade. Dessa forma, percebe-se a valorização dos cidadãos baseada em atitudes inconsequentes, negligenciando as implicações do fumo.       Por conseguinte, a manutenção desse comportamento impacta na qualidade de vida dos fumantes. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo favorece o desenvolvimento de doenças graves, como câncer de pulmão, aumento do risco de acidentes vaculares e infarto do miocárdio, alterando o funcionamento fisiológico deles. Isso ocorre porque a nicotina estimula os efeitos mutagênicos nas células do pulmão e a deposição de cálcio nos vasos sanguíneos, principais causadores das tais doenças. Assim, os usuários e indivíduos que residem no mesmo ambiente, inalando a substância diariamente, estão mais suscetíveis à problemas de saúde. Logo, aumenta-se as despesas do governo com o serviço público, pois são os responsáveis por assegurar o tratamento dos cidadãos.        Nessa perspectiva, questões culturais influenciam o tabagismo na sociedade atual. Portanto, torna-se necessário que o governo desestimule o fumo, por meio de propagandas nas redes sociais, como ''facebook'' e ''twitter', além das mídias televisivas, demonstrando as consequências da nicotina sobre o organismo, com o intuito de reduzir o número de usuários e despertar o interesse na busca do auxílio médico aos que são dependentes. Outrossim, as instituições educacionais devem realizar debates sobre os impactos da nicotina, por intermédio de palestras com profissionais especializados, como médicos, a fim desenvolver a consciência do cuidado com a própria saúde, afastando-os do cigarro.