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Enviada em: 11/07/2018

Ao analisar a historicidade, entre os séculos XIX e XX, era considerado comum um grande número de mortes causadas pelo tabagismo. Isso ficou mais evidente em grandes escritores como Álvares de Azevedo, Castro Alves, Cruz e Sousa, entre outros. Tais escritores, morreram da chamada "doença dos poetas", ou seja, de tuberculose, que foi potencializada pelo uso excessivo do tabaco. Nesse sentido, ao longo dos anos, apesar de haver um rigor maior da venda e uso de produtos como o cigarro, ainda existem muitos obstáculos a serem vencidos, principalmente quando existe mais de um fator envolvido.  Em primeira análise, os efeitos do uso do cigarro já foram comprovados cientificamente, serem prejudiciais a saúde, afetando parte do cérebro ligado ao senso de memorização, atrapalhando, desse modo, a capacidade de aprendizagem do indivíduo, tanto no processo de educação escolar como na profissional. Entretanto, a venda do tabaco ainda é o que gera para o Brasil, uma arrecadação de cerca de 6 bilhões de reais, evidenciando que o entrave é um hábito que, infelizmente, tem-se difundido cada vez mais na sociedade brasileira. Isso se deve ao fato de que, essa demanda crescente é consequência do número de jovens que iniciam o consumo na adolescência, de forma recreativa e por influência dos amigos, em uma época onde a necessidade de ser aceito torna-se mais latente. No entanto, isso gera um impacto muito grande de adultos fumantes no futuro, que com o tempo tornam-se viciados na Nicotina, substância presente no tabaco.   Em segunda análise, o indivíduo que é fumante ativo, está suscetível a diversas doenças tais como: câncer, Acidente vascular cerebral (AVC) e até mesmo à "doença dos poetas". Em consonância, o governo gasta segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) em torno de 23 bilhões de reais por ano com assistência médica a esses indivíduos, trazendo um déficit alarmante nas contas públicas. Além disso, existe um terceiro fator que torna o uso do tabaco ainda mais preocupante, que é o prejuízo de cidadãos que ficam sujeitos à fumaça advinda do cigarro, na qual ao serem expostos excessivamente a essa fumaça tornam-se fumantes passivos, suscetíveis as mesmas doenças que um usuário ativo e em alguns casos é ainda mais devastador como causar o aborto em mulheres.   Percebe-se por conseguinte, que para o Brasil diminuir esse quadro desanimador é preciso haver uma prevenção maior na base educacional dos jovens. Para tanto, o Ministério da Educação deveria ministrar palestras nas escolas sobre o uso e as consequências do tabaco, para que haja menos adultos fumantes no futuro e por consequência iria diminuir os gastos nas contas públicas. Ademais, é cabível através de campanhas na mídia evidenciar as consequências geradas nos fumantes passíveis, pois em uma sociedade democrática de direito eles também merecem ser respeitados.