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Enviada em: 18/07/2018

Segundo o dicionário Aurélio, tabagismo é definido como o uso exagerado do tabaco. E essa prática vem sendo incentivada, desde o século XV, devido a sua grande rentabilidade econômica. Sob este viés, o economista britânico Adam Smith, considerado o pai da economia moderna, defendia que o tabaco era objeto ideal para a taxação. Somente no século XXI, com o desenvolvimento de pesquisas científicas e da medicina, ficou claro os malefícios deste hábito a saúde de seus usuários. A partir daí, outros aspectos do tabagismo começaram a ser discutidos, e os problemas e consequências decorrentes deste ganharam relevância.       O tabagismo é considerado problema de saúde pública, pois segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), ele é fator causal de quase 50 diferentes doenças incapacitantes e fatais, dentre elas a doença pulmonar obstrusiva crônica e o câncer, elevando as despesas médicas no Brasil. Isso pôde ser comprovado em uma pesquisa do Instituto de eficácia clínica e de Saúde (IECS) da Argentina com apoio do INCA, na qual observou-se que todos os anos, R$ 56,9 bilhões de reais, são gastos com despesas médicas. Essas doenças são causadas, em sua maioria, pelos 4.700 produtos químicos, resultantes das reações químicas ocorridas durante a combustão.        Outro aspecto negativo do tabagismo está relacionado ao empobrecimento do usuário e de seus efeitos microeconômicos no lar destes. Isso ocorre em primeiro lugar devido a perda de produtividade e renda pelos consumidores ao passo que estes são acometidos por doenças incapacitantes,  e em segundo, pelo fato dos gastos individuais com o consumo serem elevados, pois segundo o Índice de Custo de Vida (IVC), medido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o custo do cigarro equivale a cerca de 1,7% do orçamento familiar, o que para o professor de economia da Universidade de Sorocaba (Uniso), Juliano Morais Galle, serviria para investir em bens essenciais, como alimentação, melhor qualidade de vida, em viagens e outros.       Diante do exposto deve-se primeiramente, por meio de ações governamentais, dificultar a comercialização e a oferta de tabaco, diminuindo a prevalência de fumantes. Medidas de aperfeiçoamento das ações de aumento de impostos e proibição de propagandas, trabalhando paralelamente a conscientização sobre os efeitos e problemas decorrentes do tabagismo, reduzindo assim, os gastos com saúde pública. Além disso, deve-se fazer um trabalho mais rigoroso de  educação através de propagandas publicitárias, palestras em escolas, demonstrando os efeitos negativos do tabagismo para a saúde dos usuários, a fim de diminuir o número de fumantes efetivos e a partir daí reduzir as despesas das famílias para sustentar o hábito de fumar.