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Enviada em: 26/08/2018

“Fumar é um prazer que faz sonhar” e “Antes de adormecer é o fumar um prazer”. São versos que compõem o enredo “Fumando Espelho” de Marisa Monte, onde o bem-estar e a fugacidade são tratados como algo benéfico. No entanto, a verossimilhança assemelha-se da atual conjuntura brasileira, uma vez que o tabagismo está em ascensão. Dessa forma, é válido analisar a problemática e as consequências, oriundos da negligência do Estado e da cultura normativa.        Convém ressaltar, a princípio, que a negligência e a passividade com a qual o Estado trata os dependentes químicos e os demais cidadãos promove a persistência do empecilho. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 200 mil mortes foram causadas pelo tabagismo. Porém, 64% dos casos poderiam ser prevenidos, tendo como aliados: campanhas, ONG´s e grupos ativistas como o Quebrando Tabu. Concomitantemente, o tabagismo no século XXI é visto como uma questão preocupante de saúde pública, já que afeta expressiva parcela da população, em suma, por ser um produto lícito e comercializado sem nenhum impedimento. Logo, medidas precisam ser criadas em prol de estagnar e conscientizar os indivíduos sobre os malefícios da consumação de cigarro.           Além disso, nota-se, ainda, que a cultura normativa é um agente pejorativo e negativo ao inerente país. Consoante a ONG Oncoguia, 18,8% da sociedade canarinha com mais de 15 anos é fumante. Nesse sentido, as culturas padronizadas viabilizam a propagação de ideologias normativas, assim, atingindo em especial os jovens brasileiros. Isso acontece porque, a efemeridade, a falta de relações filantrópicas e a comunicação estão esgotando-se na modernidade, conforme relatou o sociólogo Zygmunt Bauman. Em decorrência disso, é vital que os problemas e consequências sejam solucionados.         Em síntese, verifica-se, portanto, que é necessário a implementação de normas em âmbito nacional. Em razão disso, é imperioso que o Governo Federal crie campanhas conscientizadoras, por meio de programas midiáticos, com enfoque em mensagens abrangentes e fortes, mediante presença de médicos e pessoas que já passaram pelo vício, a fim de alertar o mal que o tabagismo faz ao corpo. Ademais, é mister que o MEC desenvolva projetos, como debates, palestras e reuniões, perante assistência dos pais, psicólogos e médicos especialistas, com o intuito de prevenir e resgatar os jovens que estejam presos ao hábito. Sob tais perspectivas, os impasses provenientes dos fatos antrópicos darão lugar ao bem-estar consciente e a emancipação do ato de fumar.