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Enviada em: 13/07/2018

No contexto do século XX, notou-se um grande avanço das publicidades relacionadas à Industria do Tabaco em todo o planeta. Por intermédio das artes cinematográficas que, naquele momento, ganhava espaço nos meios de comunicação, a mensagem das propagandas de cigarro eram associadas a um estilo de vida moderno e elegante, o que fez com que o número de usuários aumentasse exponencialmente. No entanto, pouco se sabia sobre os riscos oriundos da inalação da nicotina e, atualmente, esse vício configura-se como um problema de saúde pública global. Assim, deve-se analisar os fatores de risco desse hábito e possíveis soluções para a problemática.      Convém ressaltar, a princípio, que o vício ao tabaco está diretamente ligado à presença da nicotina nos cigarros. Essa substância psicoativa, quando ingerida, é automaticamente levada ao cérebro, garantindo uma sensação de alívio de ansiedades e prazeres momentâneos. Desse modo, os indivíduos adquirem uma dependência que, à longo prazo, pode causar diversos riscos à saúde, sendo evidenciado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a qual evidencia que, todos os anos, cerca de sete milhões de pessoas morrem em todo o planeta em consequência das doenças adquiridas pelo consumo de cigarros, sendo algumas delas o câncer de pulmão, problemas respiratórios e no coração.      Além do mais, ressalta-se que os problemas oriundos do tabagismo não se restringem apenas à saúde dos dependentes. A Constituição Federal garante a todos o direito à saúde e, com o intuito de preservar a integridade dos não fumantes, foi sancionada, em 2014, a lei "antifumo", norma esta que proíbe que qualquer indivíduo fume em locais fechados. No entanto, nota-se que o Poder Público não tem cumprido bem a função de fiscalização, pois, segundo a OMS, o tabagismo passivo é a terceira maior causa de morte evitável em todo o mundo. Dessa maneira, enquanto não houver uma ação conjunta entre o Estado e a sociedade, a nicotina continuará afetando a vida de milhões de pessoas que, fumantes ou não, sofrerão as consequências que essa substância tóxica causa ao organismo.       Diante disso, fica evidente que medidas governamentais e sociais são essenciais para melhorar a qualidade de vida da população. É fundamental, portanto, que o Ministério da Saúde realize campanhas que evidenciem as consequências nocivas que o cigarro pode causar aos indivíduos, por meio de debates e palestras ministradas por profissionais da área da saúde nas grandes mídias televisivas e digitais, com o intuito de atingir a todas as camadas da população, o que garantirá que a falta de informação não seja um empecilho para resolver o problema. Ademais, cabe à Vigilância Sanitária garantir o cumprimento da lei antifumo, sendo papel dos indivíduos cumprir as determinações legais. Dessa forma, quem sabe, o fim do tabagismo deixe de ser uma utopia para o Brasil.