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Enviada em: 15/07/2018

Desde a metade do século XX que as maravilhas do uso do cigarro eram amplamente difundidas por meio da mídia através de filmes, revistas e propagandas, conferindo ao seu usuário um enorme "status quo" perante a sociedade. No entanto, apesar de a propaganda tabagista ser criminalizada, os resquícios advindos desse tempo ainda permanecem, mesmo já tendo constituído perdas tanto nas famílias quanto aos cofres públicos. É preciso considerar, antes de tudo, que a banalização da morte por meio da mídia - que apresenta dia a dia casos de violência e mortes, anestesiando a sociedade - impede que esta se atente a problemática, mesmo tendo se tornado senso comum de que o tabagismo constitui um problema grave de saúde. Prova disso é a pouca preocupação dos usuários com as consequências do uso, mesmo vendo órgãos expostos de usuários mortos que algumas marcas de cigarro colocam nas suas embalagens. Também o impacto econômico causado pelo tratamento de doenças relacionadas ao tabagismo, principalmente cardíacos segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) somado ao contrabando de cigarros pirateados de países nas fronteiras vizinhas, a exemplo do Paraguai, ocasiona em um grande ônus aos cofres públicos, seja pelo tratamento dessas doenças, seja pelo maior patrulhamento nas alfândegas e mesmo com isso tudo, as indústrias tabagistas parecem estar de costas à saúde e à economia brasileira. Com isso, cabe ao Ministério da Saúde em parceria com a mídia em promoverem campanhas de desuso do cigarro por meio de propagandas e novelas que tratam o tema de forma mais engajada, relacionando diretamente o uso com a morte e ao sofrimento, uma vez que não se devem medir esforços para combater qualquer vício e deixemos de fato o uso do cigarro aos antepassados do século XX