Materiais:
Enviada em: 21/07/2018

Segundo o químico francês Lavoisier, na natureza, nada se cria, nada se perde, porém, tudo se transforma. De forma análoga, quando se analisa a questão do tabagismo no século XXI, é perceptível a necessidade de transformações diante das dificuldades enfrentadas pela população. Nesse sentido, transfigura-se necessário discutir os fatores que contribuem para a persistência dessa problemática, destacando suas causas e consequências.       Convém ressaltar, a princípio, que a principal causadora da dependência do tabaco é a nicotina. Isto é, a fumaça do fumo apresenta uma substância psicoativa, age diretamente no SNC (Sistema Nervoso Central) e libera a dopamina, responsável pelas sensações de prazer e satisfação. Entretanto, após algumas horas os efeitos cessam e a síndrome de abstinência surge levando o fumante ao ciclo de dependência, também, é importante frisar que o uso frequente desestabiliza os neurotransmissores do organismo do usuário e por conseguinte ele deverá usar um número maior de cigarros para conseguir o mesmo efeito.        Em consequência disso, bronquite, infecções pulmonares, infarto e câncer são os diversos fatores provocados pelo fumo. Dessa forma, esse vício além de gerar problemas físicos e psicológicos é responsável pelos problemas financeiros, visto que, diversas pessoas fumam mais de uma carteira de cigarro por dia. Além disso, o prejuízo anual gerado ao SUS, de acordo com o IBGE, é aproximadamente 15 bilhões de reais, porém, consoante ao pensamento do contratualista John Locke o Estado viola o “contrato social” negligenciando a qualidade de vida da sociedade e não busca medidas para diminuir o grande número de fumantes.       Diante dos fatos supracitados, é dever do Poder Público regulamentar as vendas de cigarros e proibir o uso em locais públicos e fechados, por meio da fiscalização, como a disponibilização apenas em estabelecimentos credenciados e exigência de identidade para controle de usuários, objetivando que crianças e jovens diminuam o consumo do tabaco no Brasil. Outrossim, é imprescindível que o Ministério da Saúde veicule, a partir de campanhas publicitárias, os problemas causados pelo cigarro, buscando a conscientização da sociedade, como também, a mídia deve extinguir as propagandas de cunho comercial, a fim diminuir as vendas e o número de fumantes. Assim, será possível modificar a realidade brasileira, seguindo o pensamento de Lavoisier.