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Enviada em: 30/07/2018

Viver é isso, ficar se equilibrando o tempo todo entre escolhas e consequências. A citação do filósofo francês do século XX, Jean-Paul Sartre, revela a necessidade do ser humano considerar, previamente, os resultados de suas ações. Nesse sentido, convém utilizar o mesmo raciocínio de liberdade e poder de escolha para debater as principais consequências e problemas provocados pela prática do tabagismo no contexto atual.       A princípio, é preciso evidenciar que os efeitos do cigarro atingem não só o fumante ativo, como também o passivo. É sabido que a dependência causada pela nicotina gera problemas físicos e psicológicos para quem mantém o vício; como câncer, doenças respiratórias crônicas e declínio das habilidades cognitivas, por exemplo. Mas, além disso, é importante ressaltar que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, o tabagismo passivo é considerado hoje a 3ª maior causa de morte evitável no mundo. Isso demonstra a gravidade da ação de um indivíduo sobre a vida do outro.       Ademais, a permanência do vício gera impacto direto na economia dos países. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o tabagismo gera uma perda mundial de 200 bilhões de dólares por ano - principalmente em países em desenvolvimento, como o Brasil - devido ao tratamento das doenças relacionadas ao tabaco, mortes de cidadãos em idade produtiva e maior índice de aposentadorias precoces. Desse modo, apesar de ser liberada a comercialização e compra do cigarro, é preciso considerar as consequências tanto para o indivíduo, como para o meio em que está inserido.       Portanto, a elaboração de medidas efetivas é imprescindível para manter o equilíbrio diante dessa problemática e minimizar seus efeitos. Para isso, além da Legislação Brasileira já garantir a proibição do fumo em ambientes fechados, o que diminui o tabagismo passivo, o Ministério da Educação deve investir na prevenção primária do tabaco, por meio de uma campanha de despromoção do tabaco nas escolas e com os pais, onde se exija a participação ativa dos jovens, além de oferecer respostas e apoio àqueles que querem deixar de fumar. Espera-se, como isso, que o ser humano entenda, desde cedo, a usar a sua liberdade consciente das consequências de suas escolhas.