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Enviada em: 25/07/2018

Nas primeiras décadas do século XX, o advento da publicidade e do marketing - bem como as duas grandes guerras -, impulsionaram o consumo de tabaco em todo o mundo. Todavia, por volta de 1960, estudos apontaram à presença de substâncias cancerígenas nos cigarros, o que, por sua vez, levou a criação de campanhas antitabagistas globais. Entretanto, apesar da redução no número de fumantes - principalmente entre os países desenvolvidos -, o século XXI, herdou a missão de ampliar o alcance das medidas que visem coibir e conscientizar os indivíduos. Tarefa que exigirá a participação de governos e sociedade civil, além de organismo internacionais e a mídia.      "Julgamos fumar um cigarro, mas na verdade é o cigarro que nos fuma", dizia o ensaísta francês, J. C. Berreau. A máxima do autor, liga-se a espantosa realidade que persiste desde o advento do consumo massificado de tabaco: as mortes ocasionadas pelo tabagismo. Outrossim, segundo dados da OMS, o número de mortes ligadas ao cigarro, subiu de 4 milhões para mais de 7 milhões na segunda década deste século. Com efeito, tal acontecimento se manifesta pela redução no alcance das informações, bem como, pelos hábitos culturais arraigados que não são suficientemente confrontados pelas teses científicas. Por consequência, o número de mortes evitáveis aumenta, além da qualidade de vida dos fumantes decair; além do mais, o gasto público se acentua, afim de contornar o problema.     Apesar dos problemas causados aos indivíduos, o tabagismo apresenta consequências, estruturais, que reverberam para além da esfera pessoal. Isto é, a economia global e os gastos públicos são atingidos de forma dura, pelo fumo. Segundo um relatório da OMS, o tabaco é responsável por gastos superiores a 1,4 trilhões de dólares, o qual é repartido entre governos e famílias. Tal valor, elevadíssimo, se dá por causa dos efeitos diretos e indiretos associados ao consumo de cigarros, como as doenças múltiplas que demandam tratamentos e prevenções. Ademais, entre as consequências de  tal realidade, estão a perda de competitividade nos países por conta das mortes prematuras, além dos prejuízos causados aos cofres públicos, que bem poderiam ser evitados.     Em suma, o tabagismo - um dos maiores desafios legados pelo século passado -, demanda esforços estratégicos por parte das sociedades e governos. Sendo assim, cabe as instituições governamentais coadunar inteligências com organismo internacionais, afim de reforçar a eficácia dos meios desenvolvidos para o combate ao fumo, bem como aumentar a carga de impostos sobre toda a cadeia de produção do tabaco. As mídias diversas, cabe o papel de veiculação das ideias científicas, de modo que as teses possam servir à reflexão da sociedade. Dessa forma, uma relação sustentável, pautada numa maior qualidade de vida, pode ser alcançada nas próximas décadas do século XXI.