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Enviada em: 28/07/2018

A relação das sociedades com o tabaco remonta à época das civilizações ameríndias. Com a chegada dos colonizadores, a planta passou a ser exportada para a Europa; criando, assim, um amplo mercado consumidor. No entanto, somente a partir do século XX o tabagismo alcançou proporções globais; uma vez que contou com a participação da publicidade e do marketing na popularização da ideia de fumar. Contudo, em 1960, estudos científicos apontaram a existência de substâncias cancerígenas nos cigarros, o que levou a criação de campanhas antitabagistas em todo o mundo. Por sua vez, então, as instituições  do século XXI herdaram a missão de prosseguir nos esforços que visam conscientizar os indivíduos sobre os riscos do tabagismo.      O ensaísta francês J.C. Burreau dizia, "julgamos fumar um cigarro, mas na verdade é o cigarro que nos fuma". A citação do autor aponta para o fato de que o tabagismo ocasiona mortes precoces. Segundo dados da OMS, o tabaco é a única droga lícita que chega a causar metade das mortes de seus usuários. Isso ocorre devido as diversas substâncias químicas, as quais possuem forte potencial cancerígeno. Além do mais, o fumo, geralmente está associado a um estilo de vida não saudável; o que inclui má alimentação e uso imoderado de álcool, bem como ausência de atividades físicas. O conjunto desses fatores eleva as possibilidades de morte prematura, uma vez que as chances de desenvolver doenças como, câncer, derrames cerebrais e infecções respiratórias, aumentam exponencialmente.      Não raro, para além dos problemas de ordem individual o tabagismo acarreta, também, problemas de ordem social. Por exemplo, na cadeia de produção do tabaco, comunidades de agricultores são expostas aos perigos do contato direto com a folha. Um estudo da Universidade Federal de Pelotas apontou que os produtores da planta possuíam uma concentração de nicotina, no sangue, 700 vezes maior que os fumantes. Ademais, a altíssima toxicidade dos insumos para o cultivo da planta, como os inseticidas e herbicidas, contribuem para o prejuízo da saúde física e mental dos fumicultores. Dessa forma, os indivíduos envolvidos na atividade produtiva padecem de males como, problema de coração, problemas neurológicos, depressão e suicídio.      Em suma, a problemática suscitada pelo tabagismo, exigirá a presença dos governos, através dos ministérios da saúde e bem estar social, veiculando propagandas na internet e televisão, além da formulação de um plano internacional de combate ao fumo que possa ser adaptado as diversas realidades. As famílias, caberá o desenvolvimento de uma educação que privilegie a liberdade, a moderação e a consciência acerca do uso de drogas lícitas. Com efeito, através da união de governos e sociedades, o mal do tabagismo que a todos afronta, poderá no século XXI, ser mitigado.