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Enviada em: 29/07/2018

O filme Bonequinha de Luxo, de 1961, estampa em sua capa a protagonista segurando um cigarrette e com isso, revela uma visão antiga sobre o tabagismo, que agregava status e era comumente usado em propagandas e filmes caracterizando sedução e poder. Entretanto, com o avanço das pesquisas sobre os efeitos nocivos do tabaco, tal prática adquiriu tom pejorativo socialmente, demonstrando a urgente necessidade de não só combater os males causados pelo cigarro como também prevenir a iniciação de novos fumantes.   No entanto, combater os danos ocasionados pelo tabagismo é uma missão árdua, tanto por este causar uma forte dependência química quanto pelo poder da indústria tabagista. Isso implica dizer que, mesmo com a Lei Antifumo de 2011 - que proíbe a propaganda e a venda à menores de dezoito anos - e os altos impostos, o cigarro é uma droga acessível e de baixo custo, cujos danos se dão ao longo dos anos de consumo, podendo passar despercebidos pelos usuários. Tais danos vão de perda de peso à doenças cardiovasculares e pulmonares, reduzindo a imunidade, a produtividade e a longevidade do indivíduo.   Além disso, mesmo com a propaganda proibida, o tabagismo ainda é visto em filmes e mencionados por músicas e passou a ser um símbolo de rebeldia ou falso amadurecimento, sendo buscado por adolescentes e jovens adultos. A busca também pode acontecer por indivíduos em situação de vulnerabilidade por ter como efeito a sensação de prazer e relaxamento. Logo, todos os danos já citados atingem cada vez mais pessoas, fumantes ou não, que o intensifica os gastos com saúde pública voltada ao tabagismo.   Contudo, pode-se afirmar que o combate ao tabagismo inclui não só o tratamento das consequências, como também a prevenção da prática na juventude. Para isso, o Ministério da Educação deve fornecer palestras educacionais conscientizadoras e atividades alternativas como aulas de esporte e música, evitando uma juventude ociosa vulnerável ao hábito. Além disso, o Ministério da Saúde deve além de fornecer apoio com psicoterapia e tratamento médico  àqueles prejudicados pelo hábito, também proibir a venda em postos acessíveis, aumentando a fiscalização de venda aos jovens e reduzindo o alcance do cigarro.