Materiais:
Enviada em: 03/08/2018

O tabagismo é definido como a dependência psicológica e física ao tabaco. Nesse cenário, o cigarro, que é um dos principais produtos que contém tal substância, mostra-se, hoje, como um dos grandes vilões da saúde mundial e mata cerca de 5 milhões de pessoas anualmente, segundo a OMS. Assim, faz-se necessário não só analisar os problemas e as consequências acerca do tabagismo no século XXI, mas também buscar medidas para mitigar a questão.      Cabe destacar, a princípio, que o vício gerado pela nicotina é um dos principais problemas relacionados ao cigarro. Isso porque essa substância tóxica tem o papel de liberar hormônios relativos ao prazer e proporcionar sensação de relaxamento. Dessa forma, no cenário de imediatismo atual -conceito proposto por Zigmunt Bauman- o tabaco serve como uma válvula de escape para o estresse do cotidiano. No entanto, fazer uso de tabaco é uma péssima decisão, pois as consequências ruins geradas por ele neutralizam facilmente qualquer lazer que esse possa ocasionar. Prova disso são as inúmeras doenças causadas e agravadas pelo cigarro, como cânceres de pulmão, de esôfago e de laringe além de doenças cardiovasculares, que somadas matam cerca de 130 mil brasileiros por ano, segundo o Instituto do Coração da USP.        Ademais, outro problema ligado ao cigarro é o alto número de jovens que fazem uso dele. Dessarte, num contexto de fuga da realidade análogo ao pensamento ultrarromântico e atraídos pelos aditivos de sabores, muitos adolescentes começam a fumar cada vez mais cedo. Além disso, vários jovens usam a droga no intuito de pertencer a coletividade jovem fumante, considerada 'popular', utilizando-se, ainda, de ferramentas como o narguilé que é extremamente prejudicial e corresponde a fumar cerca de 100 cigarros por hora de uso. Em virtude disso e devido as doenças ocasionada pelo uso a longo prazo, têm-se hoje um enorme gasto público com tratamentos, que chega a custar 21 bilhões de reais anuais e gera impacto para a população em geral, que paga os impostos.       Torna-se evidente, portanto, que o tabagismo é extremamente problemático e medidas são necessárias para resolver a situação. Primeiramente, é dever do governo, por meio do MEC, distribuir cartilhas e kits educativos nas escolas que tratem, desde o ensino fundamental, sobre a prevenção ao tabagismo, ao trazer textos explicativos e infográficos que mostrem, também, os resultados prejudiciais do fumo; isso, com o fito de formar jovens mais conscientes e adultos mais saudáveis. Outrossim, o governo deve, em parceria com a mídia, desenvolver campanhas publicitárias, na TV e na internet, que exibam dados sobre os malefícios do cigarro e mostrem os métodos -ofertados pela rede pública- para largar o vício. Tudo isso para que o vilão do século XXI seja definitivamente extinguido.