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Enviada em: 04/08/2018

Tabagismo: do glamour a crise.        Durante muito tempo o cigarro representou glamour e sofisticação. Era muito comum observar nos grandes filmes norte-americanos a imagem do cigarro associada à pessoas poderosas. Atualmente, sabe-se que a prática do tabagismo traz sérios danos à saúde, como bronquite e até câncer. Infelizmente, muitas pessoas encontram-se nesse vício e de certa forma o tabagismo ainda é estimulado pela mídia. Nesse contexto, deve-se analisar as questões econômicas que envolvem a utilização do cigarro e a influência da mídia.        Primeiramente, cabe pontuar que o consumo do tabaco gera uma vulnerabilidade econômica no país. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), doenças relacionadas ao tabagismo causam a morte de 6 milhões de pessoas no mundo, por ano.  Além disso, essas doenças geram uma crescente queda na produtividade, que somada aos grandes gastos na saúde, chegam a um valor que ultrapassa 50 bilhões de reais. Desse modo, vê-se que o cigarro influi diretamente na economia regional e  mundial.        Em segunda análise, convém frisar que a mídia ainda estimula a prática do tabagismo. A máquina midiática através de novelas e até  desenhos, passa uma imagem positiva acerca do consumo de cigarro, mesmo após ter sido proibida de perpetuar propagandas que envolvam esse gênero. Nesse aspecto, Theodor Adorno acusa a indústria cultural de manipular e instigar desejos profundos na mente da sociedade, visando sempre o lucro.  À vista disso, medidas devem ser tomadas para atenuar o problema do tabagismo no século XXI. É imprescindível que o Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério da Educação, promovam campanhas na mídia televisiva e nas escolas, disseminando informações sobre os malefícios do tabagismo e principalmente de como buscar ajuda profissional. É importante que sejam mostrados depoimentos de pessoas que obtivera resultados positivos com o tratamento. Outrossim, o Poder Legislativo deve estabelecer leis mais rígidas com relação a administração do assunto do cigarro pela mídia. Dessa forma, o Brasil contará com uma população diferente da estipulada por Adorno e que busca ser livre de vícios, como o tabagismo.