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Enviada em: 04/08/2018

Cazuza, cantor e compositor brasileiro, afirma em sua música "O tempo não para" que o futuro está repetindo o passado e que a sociedade está cometendo os mesmos erros. Analogamente, no que se refere ao tabagismo no século XXI, observa-se que tal cenário possui raízes no passado e revela-se como consequência das propagandas em favor do seu uso no século passado. Por isso, as falhas midiáticas e as irregularidades devem ser pontuadas e discutidas como principais agentes precursores no que tange ao elevado índice de uso de tabaco no Brasil.       Em primeira análise, cabe destacar que, há décadas, as propagandas em favor do uso de cigarro abrangiam países de todo o mundo, e essas utilizavam de pessoas saudáveis para difundir que o uso desse objeto seria um artefato de luxo da Era Contemporânea. Entretanto, as consequências acerca do fumo - como câncer de pulmão - só foram reveladas tempos depois, uma vez que esse produto gerou - e continua a gerar - muita movimentação de capital. Assim, fica claro que, atualmente, apesar de haver uma regulamentação perante essas veiculações de propagandas de cigarro, ainda não foi possível difundir as consequências que o uso dessa droga traz ao organismo.        Além disso, as campanhas do Ministério da Saúde, muitas vezes, não atingem o seu objetivo final: a sensibilização dos indivíduos. Tal premissa pode ser justificada no fato de que, na maioria das vezes, as ações não são compreendidas pelo público-alvo seja pelo linguajar utilizado, seja pela linguagem pouco apelativa. Assim, percebe-se que os investimentos do poder público não foram - e ainda não são - suficientes para superar os paradigmas acerca do tabagismo neste país. Nesse sentido, parafraseando Thomas Hobbes, a intervenção estatal é necessária como forma de proteção aos cidadãos de maneira eficaz.        Portanto, fica evidente que o tabagismo é uma mazela social que demanda de imediata solução. Para isso, é necessário que o Poder Público, representado pelos seus Ministérios das Comunicações e Saúde, exiba filmes nas principais praças do Brasil que reflitam as consequências do fumo, seja passiva ou ativamente, no organismo humano. Além disso, também cabe ao Ministério da Saúde o mapeamento dos casos de tabagismo e a disponibilização nos postos de saúde do Brasil de psicólogos e psiquiatras no intuito de facilitar o tratamento dessa doença. Somente assim, rompendo os paradigmas do tabagismo, será possível construir uma sociedade mais saudável.