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Enviada em: 09/08/2018

Segundo Gandhi, "o futuro depende do que fazemos no presente". Nesse sentido, combater o tabagismo no agora é essencial para evitar maiores problemas de saúde pública à posteriori.  Contudo, no Brasil, as políticas anti-fumo parecem ser vans frente a dependência causada pela nicotina.       É importante pontuar, de início, que o uso de cigarro prejudica o sistema respiratório, amplia significativamente os riscos de desenvolver algum tipo de câncer, além de acelerar o envelhecimento e causar diversos outros problemas à saúde. Conforme dissera o médico e escritor brasileiro, Dráuzio Varella, o tabagismo pode reduzir a expectativa de vida entre 10 e 12 anos e segundo a OMS o cigarro é a maior causa de mortes evitáveis do mundo. Destarte, é impossível deixar de reconhecer a gravidade do tabagismo enquanto problema de saúde pública.        Mas porém, é valido salientar, ainda, a eficácia da nicotina em condicionar o vício e causar dependência. Ainda na visão de Drauzio Varella, "não existe, dependência química pior que a de nicotina". Assim, é possível inferir que o uso da droga não está condicionado a uma decisão subjetiva do indivíduo, mas, à dependência química concreta. Dessa forma, políticas públicas restritas a propaganda anti-fumo são incompletas e ineficazes.        Cabe, portanto, ao Poder Público e ao terceiro setor o dever de reverter este quadro. O terceiro setor, composto por associações que buscam se organizar para lograr melhorias na sociedade, deve, oferecer palestras de conscientização nas escolas, para o público não fumante, alertando-os sobre os perigos do cigarro. O Estado, por sua vez, tem o dever de combater diretamente o problema, oferecendo tratamento medicamentoso com apoio psiquiátrico  e psicológico aos fumantes que desejam abandonar vício. O tratamento deve ser gratuito e amplamente divulgado nos meios de comunicação digitais e convencionais.