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Enviada em: 09/08/2018

Segundo a Constituição Federal de 1988, no seu artigo 196, o Estado deve garantir o acesso à saúde, bem como é responsável por zelar pelo bem-estar físico dos cidadãos brasileiros. Assim, faz-se necessário que o poder público atente-se ao tabagismo enquanto situação que põe em risco a saúde de milhares de pessoas do país. Dessa maneira, encontrar caminhos para combater o uso do tabaco no Brasil é um desafio que deve ser enfrentado pela sociedade civil e pelo Estado.      Primordialmente, ressalta-se que, no século XX, o cigarro era um símbolo de status, fama e rebeldia, porém, atualmente, se tornou um caso de saúde pública, devido as patologias que pode causar não só ao usuário, mas também aos indivíduos que estão próximos a ele. Isto posto, em 2017, os gastos públicos no tratamento dos fumantes ativos e passivos alcançaram 60 bilhões de reais, de acordo com o Ministério da Saúde. Mas, infelizmente, mesmo com a proibição da propaganda, e a obrigatoriedade das imagens de advertência nas carteiras de cigarro, o consumo continua aumentando, uma vez que vários desafios ainda persistem, tais como limitar o acesso ao consumo e aumentar os preços dos produtos do tabaco. Logo, evidenciando que o nenhum dos Três Poderes está  atento ao tabagismo.    Outrossim, o documentário "Fumando Espero", expõe a história de sujeitos que são viciados em cigarros, nessa conformidade quando são perguntados sobre como o vício começou a maioria deles responde que foi durante a adolescência, em virtude da influência de amigos e de exemplos no meio familiar. À vista disso, destaca-se a teoria de Durkheim, denominada fato social, na qual exterioriza que a maneira coletiva de agir e pensar afeta o indivíduo. Ao seguir essa linha de raciocínio, verifica-se que o tabagismo se encaixa na teoria sociólogo, porque se uma criança está inserida em um ambiente no qual as pessoas fumam, elas tendem a fumar quando ficam mais velhas por conta da vivência em grupo. Sendo assim, existe a perpetuação do vício em tabaco transmitido de geração em geração.      Por isso tudo, é necessária intervenção civil e estatal. O Estado, nesse contexto, carece de fomentar prática públicas eficazes, tal como limitar o consumo de cigarros por pessoa, por meio de um projeto de lei, a fim de diminuir a quantidade de tabaco utilizada pelos tabagistas. É imperativo, ainda, que a população, em parceria com as escolas, promovam eventos e seminários, mediante campanhas de caráter popular, para que médicos orientem os civis, sobre os riscos de usar o cigarro perto de outras pessoas - sobretudo crianças - e à longo prazo, de modo a diminuir os riscos de doenças cardiovasculares e pulmonares principalmente nos fumantes passivos, consequentemente reduzindo os gastos exorbitantes em tratamentos dessas enfermidades e respeitando a Carta Magna. Só assim o país se tornará mais saudável.