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Enviada em: 19/08/2018

Tabagismo como problema de saúde pública:como enfrentá-lo?       Responsável por corroborar com inúmeros problemas de saúde como neoplasias, doenças cardiovasculares, a exemplo do infarto agudo do miocárdio, acidente vascular encefálico, além de distúrbios respiratórios como asma, bronquite e, em casos mais graves, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), o cigarro, embora comercializado sobre prerrogativas governamentais que estimulam a presença dos malefícios por ele gerados em sua rotulagem, atingem, ainda de forma exponencial, grande parcela da população. Como então gerar conscientização antitabagista se o meio previamente exposto já aparentaria ser, por si só, tão convincente? Quais os meios ou estratégias devem ser alcançados a fim de sanar tamanho problema?             A busca, ainda demasiada, pelo cigarro evidencia o ofuscamento de pontos não alcançados por meio de políticas públicas desenvolvidas pelo Ministério da Saúde. A rotulagem nas embalagens, de fato pode causar um certo impacto visual naqueles que pretendem usá-lo, porém, é uma iniciativa quase que inválida diante dos que já apresentam dependência química à nicotina. A proposta também não é equânime, haja vista não conseguir alcançar o discernimento de públicos como o de iletrados, por exemplo, que segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) representam aproximadamente quase 13 milhões de brasileiros.             O tabagismo configura-se como um grande problema de saúde pública, tanto por seu alcance populacional, quanto por requisitar grande habilidade técnica e científica para a confecção de estratégias capazes de reduzi-lo. A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia o encara como doença crônica, afirmando que necessita de cuidados médicos para que o vício seja tratado. O tabagismo gera gastos públicos em saúde através de sua cronicidade, bem como demais prejuízos econômicos advindos do potencial de vida perdido com sua morbidade e mortalidade.             Logo, em virtude dos fatos mencionados, entende-se necessário a formulação de um projeto governamental de intervenção com o intuito de financiar as Instituições de Ensino Superior públicas e privadas a desenvolverem projetos de pesquisa e de extensão que proporcionem tanto o conhecimento do perfil sociodemográfico da população tabagista, quanto para proporcionar o contato de acadêmicos e professores a promoverem espaços de educação em saúde na comunidade com utilização de palestras, rodas de conversas e discussões com enfoque a redução deste agravo em saúde. Dessa forma, um grande passo rumo a conscientização e educação popular seria dado, bem como uma exímia estratégia sanitária seria desenvolvida diante da solução deste agravo de saúde pública.