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Enviada em: 17/08/2018

Males do consumo do tabaco e a influência da cultura pop nessa prática    Chama-se tabagismo a dependência psicológica e física do tabaco. O processamento da planta tabaco, é usado para fumo. A relação histórica do homem com o tabaco é controversa. Foi descoberto pelo homem europeu há aproximadamente 500 anos atrás e seu uso seguiu uma tendência de popularização, chegando a se tornar um gesto romantizado pela indústria cinematográfica, e então pela cultura pop; até que em 1987, membros da OMS, conscientes dos males causados pelo consumo de tabaco, criaram o Dia Mundial sem Tabaco. Essa construção da ideia de que o fumo é maléfico para saúde deve ser intensificada, e sendo o consumo do tabaco uma das principais causas evitáveis de morte no mundo, é imprescindível que seja incentivado cada vez mais o seu desuso.    Primeiramente, é importante ressaltar que o fumo do tabaco é cientificamente comprovado como maligno, contendo milhares de substâncias tóxicas, entre elas, dezenas de substâncias cancerígenas. Foi-se relacionando o tabaco à mortes cada vez mais e os dados estatísticos são alarmantes. Segundo o Instituto Nacional de Câncer, o INCA, 200 mil brasileiros morrem anualmente por causa do tabaco e aproximadamente 5 milhões de pessoas em todo o mundo. Além disso, o consumo do tabaco está relacionado à causa de no mínimo 50 doenças.    Para ilustrar a glamorização do ato de fumar na cultura pop: o filme Viver a Vida, de 1962, e o filme Trainspotting, de 1997. No primeiro, a protagonista Nana, bonita e atraente, fuma em grande parte da obra. No segundo, Diane, uma personagem também atraente chama a atenção do protagonista Renton justamente ao fumar. Apesar do intervalo de quase 40 anos entre ambos os filmes, é possível perceber que a sensualidade é retratada de uma mesma forma, através do gesto do fumo, o que simboliza o significado dessa prática para a indústria cinematográfica como algo belo, admirável; assunto tratado erroneamente.     Em síntese, fumar é explicitamente nocivo e há certo incentivo cultural à sua prática. Para abaixar cada vez mais a porcentagem de brasileiros que ainda fumam, seria um grande passo se o Estado investisse o dinheiro que ganha com os impostos arrecadados do comércio e fabricação de tabaco para criar um projeto de assistência aos fumantes, fornecendo remédios que desestimulem o uso e com sessões terapêuticas para  apoio psicológico, por exemplo, além de assegurar que a população não fumante saiba os riscos dessa prática, através da publicidade.