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Enviada em: 16/08/2018

Desde a Revolução Francesa, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro, verifica-se isso no lema, baseado nos ideais iluministas, que levou a tal revolução: liberdade, igualdade e fraternidade. No entanto, quando se observa a questão do tabagismo, no Brasil, hodiernamente, é imprescindível que medidas sejam tomadas para aplicar esta teoria, visto que a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país. Dessa forma, uma reconhecida essa realidade, é preciso pensar em soluções que revertam esse quadro insustentável, caso contrário, a transição do século XXI para o século XXII não passará de uma estagnação evolutiva.     Em primeiro plano, em sua obra, Leviatã, Thomas Hobbes imagina o estado de natureza como o cenário no qual o homem é o lobo do homem, tendo em vista os diversos conflitos interpessoais. No presente, pode-se levar a ideia a um novo patamar: o homem é o lobo do próprio homem. Isso, pois, todos os dias milhares de pessoas espontaneamente fumam diversos cigarros, fato que pode levar a diversas complicações sociais ou de saúde, como o risco de morte, que é 9 vezes maior em usuários que convivem com o tabaco.      De outra parte, a Constituição Federal de 1988 - norma de maior hierarquia no sistema jurídico brasileiro - assegura que a saúde é direito de todos. Entretanto, analisando os índices causados pelo tabagismo, verifica-se que 30% das mortes causadas por câncer no Brasil, são de indivíduos que fumam, sendo o câncer de pulmão o que mais mata. Além disso, o tabagismo diminui de 75% para 57% a fertilidade de mulheres fumantes, o que influencia não apenas nas relações dos casais, mas também na taxa de fecundidade do Brasil. Nessa perspectiva, o Estado precisa agir para que segundo o contratualista John Locke, não viole o ''contrato social'' e faça com que os indivíduos gozem de seus direitos imprescindíveis.         Por conseguinte, Nelson Mandela constitui que a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo. É indubitável, portanto, que o Ministério da Educação em parceria com as escolas, crie campanhas de conscientização para os alunos e para a comunidade, apresentando os riscos causados pelo tabagismo, para que posse dos conhecimentos, não façam partes das lamentáveis estatísticas. Ademais, cabe ao Ministério da Saúde implantar um programa que distribua gratuitamente gomas de mascar para os fumantes, com o intuito de satisfazer sua vontade momentânea e gradativamente ir perdendo o vício. Por fim, a própria população deve agir corajosamente, ministrando grupos de apoio e colaborando entre si, para juntos participarem de uma vida saudável. Só assim o problema será gradativamente minimizado no país.