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Enviada em: 17/08/2018

Durante o período colonial, muitos produtos foram trazidos pelos portugueses e pelos indígenas para o Brasil, dentre eles, o tabaco. A princípio, o seu uso era em festivais religiosos e medicinais, mas com passar do tempo, deu início a prática do fumo. Hodiernamente, o tabagismo persiste intrinsecamente na sociedade brasileira, apresentando malefícios à saúde de seus usuários, como o aumento do risco de câncer e problemas de fertilidade, para as mulheres. Uma reconhecida essa realidade, é preciso pensar em soluções que revertam esse quadro insustentável, caso contrário, a transição do século XXI para o século XXII não passará de uma estagnação evolutiva.     Em primeiro plano, em sua obra, Leviatã, Thomas Hobbes imagina o estado de natureza como o cenário no qual o homem é o lobo do homem, tendo em vista os diversos conflitos interpessoais. Dessa forma, pode-se levar a ideia a um novo patamar: o homem é o lobo do próprio homem. Isso, pois, todos os dias milhares de pessoas espontaneamente fumam diversos cigarros, geralmente, buscando um alívio para o stress do dia-a-dia. Contudo, o consumo diário de tabaco pode levar a muitas complicações sociais ou de saúde, como o risco de morte, que é 9 vezes maior em usuários que convivem com o tabaco.     Outrossim, a Constituição Federal de 1988 - norma de maior hierarquia no sistema jurídico brasileiro - assegura que a saúde é direito de todos. Entretanto, analisando os índices causados pelo tabagismo, verifica-se que 30% das mortes causadas por câncer no Brasil, são de indivíduos que fumam, sendo o câncer de pulmão o que mais mata. Além disso, o tabagismo diminui de 75% para 57% a fertilidade de mulheres fumantes, o que influencia não apenas nas relações dos casais, mas também na taxa de fecundidade do Brasil. Nessa perspectiva, o Estado precisa agir para que segundo o contratualista John Locke, não viole o ''contrato social'' e faça com que os indivíduos gozem de seus direitos imprescindíveis.      Por conseguinte, Nelson Mandela constitui que a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo. É indubitável, portanto, que o Ministério da Educação, em parceria com as escolas, crie campanhas de conscientização, em debate com os alunos e com a comunidade, apresentando os riscos causados pelo tabagismo e as consequências do consumo diário do tabaco , para que em posse dos conhecimentos, não façam partes das lamentáveis estatísticas. Ademais, cabe ao Ministério da Saúde, implantar um programa nos hospitais que distribua gratuitamente gomas de mascar para os fumantes, que seja capaz de satisfaz a vontade do usuário, para que gradualmente, vá perdendo o vício. Só assim o problema será gradativamente minimizado no país.