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Enviada em: 18/10/2018

Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que o uso de tabaco é responsável pela morte de 0,1% da população humana mundial todos os anos. Nesse ínterim, é imprescindível traçar maneiras de amenizar e posteriormente erradicar essa temática do contexto nacional e analisar como a volatilidade das relações pós-modernas aliada ao desconhecimento da sociedade sobre os reais efeitos do tabagis-mo corroboram para o potencial uso dessa droga letal.     Mormente, cabe apontar a falta de solidez nos relacionamentos interpessoais como fator crucial para a persistência da temática no Brasil. Conforme defendeu o sociólogo Zygmunt Bauman em sua obra "Amor Líquido", as relações pós-modernas se caracterizam como efêmeras e voláteis, sendo abstrata-mente tratadas como "relações líquidas". Diante disso, percebe-se que os indivíduos - por não conse-guirem manter laços duradouros entre si - tendem a se sentirem mais solitários, o que, indubitavelmen-te, culmina para a massificação do uso de tabacos, uma vez que os cigarros liberam substâncias capa-zes de promover o prazer e suavizar os anseios da vida cotidiana. Assim, verifica-se que as pessoas apropriam-se do tabagismo para suprirem as vulnerabilidades de suas alianças e relações, de forma a causarem, em si, danos irreversíveis.     Outrossim, destaca-se o desconhecimento de alguns indivíduos fumantes em torno dos malefícios do tabagismo como agente também responsável pela persistência do vício em questão. Embora a Revo-lução Técnico-Científica tenha proporcionado a universalização dos meios de comunicação e a demo-cratização do acesso à informação, parcela da sociedade ainda apresenta desconhecimento sobre o quão maléfico é o uso do cigarro. Desse modo, por não possuírem profundo conhecimento crítico sobre as consequências do tabagismo - tais como doenças fatais, câncer e tumores, e poluição atmosférica - os indivíduos tendem a banalizar o vício ao cigarro, e, assim, persiste o uso excessivo do tabaco.    Urge, portanto, a adoção de medidas capazes de atenuar o exacerbado uso do tabaco no Brasil. Para tal, compete às prefeituras, em parceria com o Ministério da Cultura, garantir outra forma de conter os anseios sociais, por intermédio do oferecimento de peças teatrais e workshops em espaços públicos das cidades, de modo que os indivíduos encontrem outras formas de refúgio de suas mazelas pessoais, a fim de que esses não sejam mais dependentes do cigarro para o relaxamento e sensações de prazer. Ademais, cabe ao Ministério da Saúde fomentar o conhecimento social em torno das consequências do vício ao cigarro, por meio da promoção de palestras e debates, ministrados por profissionais da saúde e biólogos, para que esses esclareçam todos os danos que o tabagismo pode causar ao corpo humano e a natureza. Logo, a sociedade brasileira poder-se-á estar livre do tabaco e suas consequências.