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Enviada em: 20/08/2018

Na literatura, José Saramago, em "Ensaio sobre a cegueira", apresenta a realidade de uma população assolada por uma "cegueira branca". Descrevendo, minuciosamente, as dificuldades enfrentadas por esses ao se posicionarem diante de um cenário antes nunca cogitado. Análogo ao livro, a sociedade brasileira enfrente em seu caminho diversas consequências quando a uso contínuo do tabaco e, como se possuíssem uma "cegueira como um mar de leite", não conseguem ver os risco que dessa ação lhes inflige. Logo, os problemas quanto ao tabagismo no século XXI não se trata apenas de uma negligência governamental, mas também da massa populacional brasileira.    Nesse sentido, é elementar que se leve em consideração que de acordo com o pensamento filosófico de São Tomás de Aquino, em uma sociedade democrática de direito todos possuem o mesmo grau de importância. No entanto, o Estado diverge de tal perspectiva ao permanece inerte quanto a sua população usuária do tabaco, dado que não investe em campanhas ostensivas que visem a prevenção do contato com essa droga, ampliando ainda mais o número de mortes e gastos públicos. Dessa maneira, não é de se espantar que, tristemente, em 2015, o índices de óbitos por causas relacionadas ao cigarro ultrapassaram  duzentas mil pessoas e um saldo de mais de cinquenta mil reais aos cofres governamentais, segundo o Ministério da Saúde (MS).   Soma-se a isso, também, que na visão sociológica de Hans Jonas, os sujeitos sociais deveriam tomar suas decisões de maneira que resguardassem a sobrevivência digna das próximas gerações. Contudo, tal conceito encontra-se deturpado, dado que mesmo que com o conhecimento de que o uso do cigarro desencadeia doenças como problemas respiratórios, câncer de pulmão, entre outros, esses ainda passam a imagem de que o consumo é uma realidade a ser seguida. Dessa forma, conforme o conceito kantiano de que a educação é a base formado dos indivíduos, os jovens tomariam tal ação como corriqueira e, assim, cristalizando uma nova geração assolada pelos malefícios do vício do tabagismo.   Diante de tal problemática, cabe a dois agente a solução efetiva: O Estado, Ministério da Saúde (MS). Ao primeiro agente importa realizar, em ação conjunta ao segundo, o remanejamento do Produto Interno Bruto nacional, destinando parcelas significativas ao MS. Assim, seria elaborados projetos de cunho preventivo do uso da nicotina, instigando, a partir das Unidades Básicas de Saúde, a população local através de palestras, atividades lúdicas e oficinas - uma vez que ações culturais possuem grande poder transformador - sobre os riscos e malefícios de tal droga. Posteriormente, tal programa seria destinados a apresentações dentro do ambiente escolar, assim expandindo-o gradativamente. Desse modo, a população brasileira poderá se livrar de sua cegueira e viver uma vida saudável e digna.