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Enviada em: 19/08/2018

Seja na América pré-colombiana, ou na Inglaterra em plena Segunda Guerra Mundial - com Churchill e seus charutos cubanos, o tabaco sempre esteve presente. Apesar de ser considerado uma herança histórico cultural, é, no mínimo, preocupante que tal prática ainda persista imune às medidas previamente tomadas - como, por exemplo, as fotos, nas embalagens de cigarro, que demonstram as horríveis consequências de sua utilização.   O ato de fumar passou por diversas ressignificações ao longo dos anos. Ora foi símbolo de masculinidade, sendo esse slogan social implícito - "se quiser ser homem, seja fumante" - fator determinante para o grande número de adeptos. Ora foi símbolo de elegância e feminilidade - o que pode ser facilmente demonstrado pelo popular cigarrete, a variação do cigarro feita para atender a esse estereotipo. Além disso, as entrevistas realizadas com pessoas fumando, a exemplo da escritora Clarice Lispector, também podem ser consideradas incentivos - indiretos - ao tabagismo, uma vez que,  podem influenciar pessoas que a tem como fonte de inspiração a aderirem a essa prática, muitas vezes, como forma de se sentirem mais próximas a ela.   Com relação ao último item apresentado, é importante ressaltar que, embora seja um avanço não ser mais permitida a exposição de produtos derivados de tabaco em programas televisivos, a popularização tanto das redes sociais, quanto do narguilé correspondem a uma mistura perigosa. Por ser considerado, erroneamente, menos nocivo à saúde e ter uma fiscalização, com relação a venda, menos severa, se comparado ao cigarro, o narguilé passou a ser o modismo mais comum entre os jovens. Aliado a isso, as plataformas digitais - a exemplo do Instagram - não possuem um controle efetivo nem uma regulamentação específica sobre as postagens, sendo extremamente comum encontrar publicações as quais incitam o uso de derivados do tabaco.   Ao se analisar a situação de um panorama geral, é possível perceber que se tornou comodo considerar o tabagismo como apenas uma herança histórica, um problema que já não afeta mais a sociedade brasileira. Isso pode ser verificado na questão das campanhas que, apesar de existirem, não são amplamente divulgadas. A fim de evitar que as gerações do século XXI tornem-se fatalidades do tabagismo, é necessário, pois, não só intensificar as campanhas, mas também criar programas de conscientização escolares, nos quais, por meio de palestras e aulas com profissionais da área da saúde, indústria química e vítimas do consumo de tabaco, os formadores da sociedade do futuro apren- derão os outros componentes de produtos derivados do tabaco, seu efeito no organismo e suas conse- quências para a vida e criarão, desse modo, consciência de não fazer uso desses produtos.