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Enviada em: 20/08/2018

A crescente adesão ao tabagismo é um problema presente não só na atual sociedade brasileira, mas ao redor de todo o globo terrestre. Dessa forma, deve ser suprimido, uma vez que, anualmente, os índices de enfermidades relacionadas ao hábito crescem exponencialmente. Neste sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: a cultura globalizada e a deficiência do Sistema Único de Saúde (SUS) no combate às possíveis causas.      Segundo a sociologia, a cultura tende a influenciar o comportamento humano de uma forma generalizada. Nesse ínterim, por certo, a "glamourização" em torno do consumo de cigarro, advinda da "Era de Ouro" do cinema Hollywoodiano, entre os anos vinte e sessenta, serviu de catalizador para o tabagismo - principalmente na população jovem da época - que, ao longo dos anos, através da globalização, prevaleceu e projetou-se na sociedade contemporânea.       Ademais, transtornos psicológicos como ansiedade e depressão confluem para a experimentação e abuso, consequentemente, de toxinas. Conforme estudo divulgado pelo Huffpost Brasil, em 2015, as pessoas ansiosas e depressivas, tendem a procurar suprimir seus sintomas através do prazer proporcionado pelo tabaco. Dessa forma, a precariedade da saúde brasileira, ao que tange o atendimento psicológico gratuito, acaba por potencializar o problema, ao desamparar os cidadãos que sofrem desses transtornos e não possuem condições de procurar ajuda através de outros meios.       Portanto, medidas se fazem necessárias. À escola, cabe promover eventos culturais - abertos à comunidade local - periodicamente, exibindo documentários e promovendo palestras com profissionais da saúde, buscando elucidar os riscos eminentes do tabagismo, a fim de transformar o pensamento coletivo. Ao Ministério da Saúde e ao Estado, cabe reiterar as campanhas antitabagismo através das redes sociais, propagando dados sobre as doenças desencadeadas, índice de mortalidade por faixa etária e os benefícios resultantes do ato de parar de fumar, visando atingir maior parcela da população; e, não menos importante, ampliar investimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), disponibilizando e agilizando os atendimentos de psicólogos, para que seja possível tratar, precocemente, os fatores desencadeantes.