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Enviada em: 29/08/2018

Durante o Período Colonial, o Brasil apresentava uma economia agroexportadora, sendo o tabaco um dos principais produtos exportados. Sob tal ótica, hodiernamente, essa substância permanece no cotidiano brasileiro, ocasionando graves problemas e consequência sócio-políticas, pois, devido à formação sociocultural e à negligência familiar e estatal, o tabagismo acomete grande parcela populacional. Nesse sentido, faz-se necessária a promoção de ações sociais, com o fito de amortizar tal problema.                 Em primeiro plano, cabe pontuar que a formação cultural brasileira é uma das responsáveis pelo desenvolvimento dessa situação conflituosa. Tal fato dá-se em razão da influência, durante o século XX, do "American way of life" no cotidiano do Brasil, o qual, por meio de propagandas apelativas, relacionava a utilização de cigarro ao status social elevado e à popularidade. Diante disso, a sociedade civil, por não receber instruções preventivas do Estado, internalizou esse pensamento e normalizou o uso de cigarros, despreocupando-se com os problemas provenientes dele. Por conseguinte, os casos de doenças respiratórias, como câncer de pulmão, aumentaram exponencialmente.             Outrossim, a instituição familiar agrava a questão tabagista no Brasil. Essa problemática acontece, pois os familiares provenientes do século passado, em muitos casos, fazem uso do cigarro constantemente nos lares. Nessa perspectiva, como a família é considerada uma máquina reprodutora de personalidades, conforte dito pelo sociólogo Talcott Parsons, a juventude, pautada em ideologias errôneas, normaliza o ato de fumar cotidianamente. Desse modo, jovens, cada vez mais, utilizam cigarros, gerando o desenvolvimento de patologias, como infartos, doenças respiratórias, câncer de boca.                    Diante dos fatos supracitados, é necessário, portanto, que o Ministério da Saúde aja em prol da diminuição dos índices de tabagismo e dos problemas ocasionados por ele, por meio da potencialização dos projetos de tratamento e cura do vício nos hospitais públicos e da exposição de propagandas e cartilhas educativas nas redes sociais e nos principais canais televisivos, com o intuito de desestimular o uso de cigarros pela sociedade civil. Ademais, cabe às escolas, em conjunto com o Ministério da Educação, estimular a reflexão crítica da população sobre o tabagismo, por intermédio da realização de atividades lúdicas, mesas de debates e palestras esclarecedoras com psicopedagogos e médicos voltados para pais e estudantes, a fim de mitigar a presença da utilização do cigarro no cotidiano familiar e juvenil.