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Enviada em: 05/09/2018

Tabaco: proibir ou educar?   Segundo Aristóteles, “a política é a ciência para garantir a felicidade dos cidadãos”, a qual deve atuar na interação da sociedade e visar o bem comum. Contudo, esta conduta necessita de ética para não negligenciar direitos garantidos a população. Porém, atualmente, o Brasil vive dificuldades sobre o uso de tabaco no que se refere à continuidade do livre consumo e a conscientização da população, e aciona a Constituição Federal de 1988, onde a saúde é direito de todos e dever do estado.   É indubitável que o hábito de fumar traz graves danos à vida dos envolvidos e afeta a saúde, renda e família. Entretanto, como o ocorrido na década de 1920 nos Estados Unidos, com a proibição do álcool devido à crise financeira, a ingestão foi levemente reduzida e o surgimento do crime organizado tomou conta do país, surgiram diversos outros problemas que envolveram o tráfico e um crescente aumento da violência. Desse modo, a proibição do tabaco não é uma alternativa estratégica para mitigar o uso. Assim, a legalização da venda de cigarros se faz por necessária por não representar um caminho impassível para sua retirada, analogamente políticas públicas devem atuar para a eliminação deste mal da sociedade.   Por outro lado, o uso de métodos pacíficos e compreensivos relacionados à educação da população tem potencial para resultados eficazes e duradouros, similarmente que 90% dos fumantes iniciam seu consumo na adolescência, conforme a pesquisa do Instituto Nacional do Câncer (INCA), esta faixa representa a fase de construção de personalidades. De acordo com Immanuel Kant, “o ser humano é aquilo que a educação faz dele”, direciona a resolução de problemas que envolvem a sociedade para a forma racional e estratégica, e torna ineptas as alternativas opressoras. Dessa forma, o trabalho educacional com a população para a conscientização dos riscos do uso do cigarro é o caminho que os governantes devem investir em maior escala.   Portanto, o uso de métodos coercitivos não trouxeram bons resultados para vícios de sociedades e não será a utilização deles que mudarão o quadro do país. Logo, O Governo Federal, junto ao Ministério da Saúde, deve intensificar a divulgação de informações, através da mídia, assim como a promoção de projetos e debates, exposição de denuncias em programas televisivos mostrando os malefícios do costume de fumar. Outrossim, o Ministério da Educação deve atuar com a realização de campanhas educacionais buscando esclarecer e retirar dos jovens suas duvidas e curiosidades, assim como fortalecer as informações no convívio familiar. Em suma, a política e o bem estar da população, conciliados, poderão resultar na felicidade coletiva, como dizia Aristóteles.