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Enviada em: 26/09/2018

Em 1492, ao chegarem à América, Cristóvão Colombo e sua tripulação se tornaram os primeiros europeus a terem contato com o tabaco, utilizado em rituais sagrados ou fins medicinais pelas populações indígenas que habitavam o continente. Ao longo dos séculos, seu uso se relacionou direta e indiretamente à adoção de um novo estilo de vida, o que contribuiu para o aumento na incidência de doenças cardiorrespiratórias, como o câncer de pulmão, além do desenvolvimento de atividades lucrativas irregulares, tal qual o contrabando.      Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil, 200 mil mortes são causadas, todos os anos, pelo tabagismo. O uso indiscriminado e a forte dependência, causada por substâncias nocivas, como a nicotina, principal responsável pelo vício, além da fácil comercialização a menores de 18 anos, são responsáveis pelo aumento na incidência fumantes no país. Dessa forma, têm-se um acréscimo na ocorrência de doenças que atacam o sistema circulatório, por exemplo, como o infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral que, em muitos casos, são irreversíveis.     De maneira semelhante, o surgimento de atividades irregulares, tal como o tráfico de produtos que causam dependência química, como o tabaco, tornam-se muito lucrativas, levando-se em consideração o seu alto mercado consumidor e os baixos preços, se comparados às vendas em estabelecimentos regulares. De acordo com o Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade, em 2016, o contrabando representava 45% das vendas totais de cigarros no país, o que contribui para a captação de verbas que fomentam atividades criminosas, como assaltos.     Para que seja mitigado esse impasse, é necessário que o Ministério da Saúde, em parceria com meios de comunicação, como televisão, divulgue campanhas de conscientização quanto ao consumo de cigarro e substâncias que causem dependência química, como o álcool, alertando sobre as consequências do seu consumo exacerbado e induzindo a população a adotar uma vida mais saudável. Ademais, cabe ao Ministério da Justiça fiscalizar, através de operações policiais e visitas a estabelecimentos onde ocorre a comercialização de tais produtos, sua origem e composição, a fim de evitar que menores de 18 anos tenham acesso à substâncias nocivas ao organismo, reduzindo a quantidade de casos de consumo irregular e contribuindo  para a diminuição nos casos de contrabando.