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Enviada em: 06/10/2018

Originário da América Central, o tabaco foi utilizado por muitas tribos indígenas do continente americano como forma de se conectarem às suas divindades. Com a conquista desse território pelos europeus, o hábito de fumar foi amplamente difundido em seus países de origem. E, apesar dessa prática ter diminuído nas últimas décadas, devido a uma ampla divulgação dos malefícios do cigarro para a saúde, muitas pessoas ainda fumam e, em consequência disso, apresentam maiores chances de desenvolverem doenças decorrentes desse hábito, realidade que deve ser mudada.    Durante a Belle Époque, período de ascensão da burguesia industrial europeia, o hábito de fumar recebeu ampla adesão dessa classe, sendo considerado, além de uma forma de descontração, como um meio de mostrar personalidade e se socializar. Analogamente, na atualidade, essa prática vem conquistando muitos jovens, que a utilizam, principalmente, para fazerem novas amizades. Em consequência disso, grande parte desses indivíduos se tornam dependentes do tabaco e adquirem, ao longo do tempo, graves problemas de saúde. A falta de dinamicidade das aulas de saúde,realidade presente em muitas escolas brasileiras, agrava essa problemática, ao abordarem a questão do tabagismo de forma teórica, dificultando a sua compreensão pelos estudantes.    Em segundo plano, pode-se destacar as muitas decorrências do fumo em excesso, como o aumento das chances de seus adeptos desenvolverem vários tipos de câncer, como o de esôfago e o de pulmão. Esses ocorrem, devido ao comprometimento dos tecidos epiteliais que revestem essas estruturas provocado pelo seu contato com a fumaça quente do cigarro e, no caso do último, do acúmulo de partículas provenientes desse nos alvéolos. A divulgação de imagens de pessoas acometidas por essas e outras doenças em decorrência do fumo em embalagens de cigarro se consolidou como uma medida profilática que visa desestimular esse hábito, porém, ainda há muito a ser feito.    Portanto, é necessário que o Ministério da Saúde fortaleça o combate ao fumo com a criação de campanhas publicitárias que esclareçam a população sobre os malefícios desse hábito para a saúde. Aliado a isso, as escolas brasileiras poderiam acrescentar às suas aulas de saúde palestras com médicos e ex-fumantes, que dialoguem com os alunos sobre esse tema, juntamente com a exposição de documentários sobre ele. Outra proposta seria o fortalecimento da parceria firmada entre hospitais e a sociedade civil materializada na forma de grupos de fumantes, que apoiem e auxiliem esses indivíduos na perda da dependência pelo cigarro, o que pode ser feito por meio da divulgação desses, pelo Ministério da Saúde, em escolas, universidades e em mídias sociais, juntamente com o envio de verbas por esse órgão público a esses centros.