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Enviada em: 30/09/2018

A obra intitulada "A morte de Ivan Ilitch", de Lev Tolstói, discorre a respeito da falta do senso de coletividade. Apesar de toda a subjetividade, a trama serve como um gancho para abordar sobre os impasses causados pelo uso do cigarro, a partir do momento que é corroborada a dicotomia existente entre tendências regressistas e hábitos culturais. Dessa forma, compreender o quesito abordado, eis um desafio à contemporaneidade.    Considera-se, antes de tudo, que uma postura individual que preze pela integridade humana, apesar de crucial, não é prioridade. Segundo o filósofo Jurgen Habermas, a consolidação de uma ética da discussão corrobora a implementação de âmbitos morais. Nesse contexto, a máxima postulada por Habermas caminha em sentido retrógrado ao tratar-se do tabagismo, uma vez que a cultura da banalização à saúde agrava a problemática. Afinal, há a construção de uma ótica dominante que perde a oportunidade de garantir uma melhor qualidade de vida. Pois, é notório o empecilho no setor da saúde, dado que o tabagismo traz consigo inúmeras doença e, consequentemente, aumento nos gastos públicos para garantir a vitalidade.   Analisa-se, também, a temática como um fértil terreno para a "fuga" dos problemas individuais e coletivos. Pressão trabalhista, estresse, nervosismo, influência de amigos e familiares, necessidade de se inserir em grupos, falta de informação e aconselhamento são alguns dos mais variados exemplos que perpetuam o vício tratado. Concomitantemente, tal prática molda a perca da integridade física e psicológica. De acordo com o líder pacifista Mahatma Gandhi, o futuro dependerá dos atos perpetrados no presente. Assim, a "mistificação e endeusamento" do cigarro como algo inofensivo culmina em um hábito nocivo. Tal fato é corroborado ao citar os dados veiculados pelo jornal "El País", no qual mais de 45% dos jovens entre 13 e 15 anos coadunam com a rotina da temática abordada.   Fica claro, portanto, que fazem-se necessárias medidas para tornar viável condutas éticas e que prezem pelo bem estar social. O Ministério da Saúde, junto às ONGs, deve investir nas leis já existentes, por meio da intensificação na fiscalização com o uso de tecnologias e monitoramento mais rigoroso, além de criar centros de reabilitação com oficinas de teatro, dança e música, bem como intensificar o auxílio médico com profissionais e equipamentos qualificados, utilizando o dinheiro dos impostos para que tais medidas sejam efetivadas. Também, é de suma importância que a mídia, como grande formadora de opiniões, difunda uma cultura de criticidade e campanhas acerca da temática, usando dados, jornais, matérias jornalísticas e documentários. Só assim, a com a mobilização de um todo, haverá mudanças.