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Enviada em: 01/10/2018

Com o advento do século XIX o hábito de fumar envolvia a glamourização, tornando-se massificado pela exibição recorrente na indústria cinematográfica. Por conseguinte, houve ampla disseminação de discursos atrelados aos benefícios do tabaco, sendo até mesmo comparado com medicamento. Hodiernamente, a negligência estatal e familiar contribuem para perpetuação dessa problemática, aumentando o número de dependentes e reduzindo a qualidade de vida, graças às possíveis patologias, ratificando vários problemas e consequências.       Mormente, é preciso considerar as ações civis e governamentais. Segundo a tese marxista, sob influência do capitalismo selvagem, toda a conjuntura social é moldada para atender os interesses da classe dominante. Dessa maneira, os meios de comunicação, na intenção de tornar o cigarro um produto de uso globalizado, relacionou seu uso com pessoas de camadas mais abastadas. O Estado brasileiro, já ciente das inúmeras mazelas causadas pelo tabagismo, julgou com irrelevância à ascensão do número de fumantes, graças ao estimulo a economia, desde o período colonial com a exportação do tabaco. O uso frequente de substâncias como nicotina, principal produto do cigarro, provoca vício, atingindo o sistema neuronal e causando dificuldades de concentração.        Outrossim, cabe pontuar as práticas no ambiente familiar. Em razão do desconhecimento sobre os transtornos causados pelo cigarro, a geração advinda do processo supracitado, não evita fazer uso constante em seus lares. Em reflexo disso, em momentos do documentário "Garapa", famílias com graves condições socioeconômicas no sertão do Ceará, fumam em locais fechados e até mesmo próximos a crianças recém nascidas. Tais práticas além de normalizar o uso do tabaco para os indivíduos oriundo desse lar, acentua as mazelas do fumante passivo, principalmente nos infantes. Esse tipo de tabagista, corre riscos de doenças como câncer de pulmão e cardiovasculares, já nos indivíduos em processo de crescimento, acentua a chance de infarto do miocárdio.        Urge, portanto, a necessidade de mudanças que minimizem as mazelas mencionadas. Para isso, é necessário que o Estado, por parte do Ministério da Saúde, em parceria com os níveis midiáticos, formulem curtas-metragens, para expor na televisão aberta, com depoimentos de antigos fumantes que sofrem com as consequência pelo uso do produto, bem como exiba os notórios benefícios ao parar com o consumo desse, na intenção de desestimular essa prática. Além disso, é necessário que o Ministério da Educação viabilize em instituições acadêmicas debates interdisciplinares, entre as matérias de biologia e química, com participação de pais e estudantes, enfatizando as adversidades provocadas aos tabagistas passivos e ativos, com objetivo de reduzir essa prática no cotidiano familiar.