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Enviada em: 08/10/2018

Originário da América Central, o tabaco foi utilizado por muitas tribos indígenas do continente americano como forma de se conectarem às suas divindades. Com a conquista desse território pelos europeus, o hábito de fumar foi amplamente difundido em seus países de origem. E, apesar dessa prática ter diminuído nas últimas décadas, devido a uma ampla divulgação dos malefícios do cigarro para a saúde, muitas pessoas ainda fumam e, em consequência disso, apresentam maiores chances de desenvolverem doenças decorrentes desse hábito, realidade que deve ser mudada.    Durante a Belle Époque, período de ascensão da burguesia industrial europeia, o hábito de fumar recebeu ampla adesão dessa classe, sendo considerado, além de uma forma de descontração, como um meio de mostrar personalidade. Analogamente, na atualidade, essa prática vem conquistando muitos jovens, que a utilizam, principalmente, para se socializar. Em consequência disso, grande parte desses indivíduos se tornam dependentes do tabaco e adquirem, ao longo do tempo, problemas como a hipertensão arterial. A falta de dinamicidade das aulas de saúde, realidade presente em muitas escolas brasileiras, agrava essa problemática, ao abordarem a questão do tabagismo de forma teórica, dificultando a sua compreensão pelos estudantes.     Em segundo plano, pode-se destacar as muitas decorrências do fumo em excesso, como o aumento das chances de seus adeptos desenvolverem vários tipos de câncer, sendo os mais recorrentes o de esôfago e o de pulmão. Esses ocorrem, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), devido ao comprometimento dos tecidos epiteliais que revestem essas estruturas provocado pelo seu contato com a fumaça quente do cigarro e, no caso do último, do acúmulo de partículas provenientes desse nos alvéolos. A divulgação de imagens de pessoas acometidas por essas e outras doenças em decorrência do fumo em embalagens de cigarro se consolidou como uma medida profilática que visa desestimular esse hábito, porém, novas medidas precisam ser propostas para se combater esse problema.    Portanto, é necessário que o Ministério da Saúde fortaleça o combate ao fumo com a criação de campanhas publicitárias que esclareçam a população sobre os malefícios desse hábito para o organismo. Aliado a isso, as escolas brasileiras poderiam acrescentar às suas aulas de saúde palestras com médicos e ex-fumantes, que dialoguem com os alunos sobre esse tema, juntamente com a exposição de documentários sobre ele. Outra medida seria o envio de recursos, pelo ministério supracitado, para os hospitais públicos, de forma ampliar a assistência prestada a esses indivíduos, como a ampliação do número de profissionais com vistas a formação de equipes multidisciplinares que possam atuar contra a dependência do cigarro.