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Enviada em: 15/10/2018

Enquanto que em décadas anteriores, como a de 1980, o cigarro era visto como status e como símbolo de uma moda, nota-se, hoje, que os prejuízos do tabagismo são imensos à população mundial. Nesse viés, a Biologia vai explicar, por exemplo, que essa droga lícita é perigosa tanto para o fumante ativo, como o passivo, especialmente no que tange à saúde cardíaca e respiratória. Diante disso, é indubitável analisar os aspectos sociais e científicos a fim de reduzir os desafios e consequências dessa preocupante problemática, sobretudo, a nível brasileiro.  É preciso considerar, primeiramente, a relação entre o avanço do tabagismo e a consolidação industrial mercadológica. De fato, um dos grandes ramos empresariais da atualidade é o da produção de cigarro. Isso pode ser exemplificado na sofisticação dos sabores e na utilização de produtos que atenuem o forte odor da fumaça da combustão dessa droga. Nesse sentido, em um contexto liberal, com o acréscimo de tais substâncias, a venda tende a ficar mais cara e mais lucrativa aos donos das fábricas. De forma análoga, percebe-se que o fumo do Recôncavo Baiano colonial de outrora foi transformado e incrementado com o avanço capitalista, o que acarretou um aumento no número de indivíduos fumantes e, por sua vez, nos problemas de saúde. Vê-se, então, a urgência de atenuar essa pauta.  Além disso, é válido ressaltar os efeitos, comprovados pela medicina, desse hábito não saudável. Nesse sentido, vê-se que dificuldades respiratórios e cardíacas, degradação dentária, aumento do risco de abortos em gestantes, elevação das chances de se ter câncer na garganta e no pulmão e redução da expectativa de vida são perigos enfrentados pelos fumantes ativos e passivos. Ademais, vale salientar que a queima incompleta e completa do cigarro libera monóxido de carbono e gás carbônico, respectivamente, prejudicando o meio ambiente, atingindo a fauna, a flora e o bem-estar coletivo. Dessa forma, é nítido que o avanço do tabagismo é preocupante e isso precisa ser logo atenuado.  É claro, portanto, que a problemática do consumo do cigarro precisa ser minimizada. Para isso, o Poder Legislativo, em conjunto com a aplicação do Poder Judiciário, deve, por meio do consenso entre os parlamentares nas sessões, estabelecer critérios na produção de cigarros, a exemplo da redução do percentual de nicotina e de outras substâncias nocivas, para que reduzam os perigos à saúde dos indivíduos. Ademais, é indubitável que o Estado, representado pelo Ministério da Saúde, democratize, com o uso das verbas públicas e o auxílio das prefeituras, o acesso ao tratamento de reabilitação desse hábito e promova debates, palestras e campanhas socioeducativos, divulgando-os via internet, com médicos que instruam a população fumante, mostrando os efeitos desse vício e incentivando a largá-lo. Assim, a expectativa de vida irá aumentar e os graves danos dessa situação irão ser mitigados.