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Enviada em: 15/10/2018

Fumar tornou-se inerente ao ser humano após a descoberta do tabaco há 500 anos na América. Desde então, o consumo aumentou e foi sofisticado de maneira exponencial, consequentemente, no século XXI, 1,2 bilhão de pessoas no mundo se tornaram tabagistas. Tal atitude traz consigo inúmeros problemas à sociedade, como os altos custos governamentais e o desenvolvimento de doenças, principalmente aos fumantes ativos, mas também, aos fumantes passivos. Diante disso, deve-se analisar como a ineficácia dos cuidados da rede pública, juntamente com o alto grau de dependência química que a nicotina provoca ao usuário são responsáveis pela problemática em questão.       É relevante enfatizar, inicialmente, que o tabagismo prejudica todos os indivíduos da sociedade, posto que, em função dessa prática, são gastos U$ 1,4 bilhão de dólares no mundo a cada ano. Capital esse, que poderia ser voltado para inúmeras questões sociais, como educação, saúde e segurança, é utilizado para remediar os estragos conseguintes do consumo dessa planta. Isso, porque o investimento em projetos que tenham por objetivo cessar o uso é relativamente inexistente. No Brasil, por exemplo, o custo anual aos cofres públicos são de R$ 21 bilhões de reais segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e tampouco é utilizado para auxiliar os dependentes a largar o vício.       Ademais, vinculado ao despreparo da rede pública para com o fumante, a nicotina - substância química presente no tabaco responsável pelo prazer - também fortalece a problemática. Isso ocorre, devido à capacidade que esse composto tem de tornar o consumidor usual em dependente de maneira rápida, posto que a nicotina é mais viciante que a cocaína ,e até mesmo, a heroína. Vale lembrar, que no mundo todo, o tabagismo mata mais de 7 milhões de pessoas por ano, mortes essas causadas por doenças não transmissíveis (DNT's), como problemas cardiopulmonares, câncer e diabetes.       Fica evidente, portanto, os problemas e as consequências que o uso do cigarro promove na atualidade. Nesse sentido, cabe ao Ministério da Saúde, juntamente com as Secretarias Estaduais de Saúde, prover programas de qualidade, que visem incentivar o abandono do vício, por meio de psicoterapias individuais e em grupo, compensação de nicotina de maneira alternativa, ou até mesmo, o uso de medicamentos devidamente receitados por um médico. É dever também, do Ministério da Saúde, em parceria com os veículos midiáticos de grande porte, como canais de TV, revistas e jornais, informar todos os malefícios que o cigarro causa ao fumante, por meio de propagandas comerciais, anúncios e cartazes nos ambientes públicos, principalmente postos de saúde e escolas, com o intuito de evitar ao máximo o surgimento de novos dependentes. Dessa forma, alcançar-se-à a mitigação dos distúrbios que o tabaco causa há séculos na sociedade.