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Enviada em: 15/10/2018

No início do século XX, fumar era sinônimo de elegância e charme. As propagandas da época estimulavam as pessoas a fazerem uso do cigarro, e os filmes traziam atores famosos fumando em suas cenas. O requinte do tabagismo teve seu fim, mas o hábito persiste em nossa sociedade, junto com suas consequências negativas, como possíveis acidentes ambientais e prejuízo para os cofres públicos. Tendo em vista os impactos nocivos, de modo direto ou indireto, do fumo para toda a população, é incontestável a importância de uma análise cuidadosa do assunto.     Embora já exista muito conhecimento sobre os diversos males que o cigarro traz para a saúde do indivíduo fumante, pouco ainda se trabalha no sentido de divulgar melhor isso. A maioria das propagandas que apontam esses malefícios encontram-se nas embalagens de cigarro, chegando apenas aos já fumantes. Desse modo, acabam não atuando na prevenção do tabagismo.      Ademais, muitos fumantes não sabem que o sistema público de saúde já oferece tratamentos aos seus vícios. Segundo Sócrates, o erro é resultado da ignorância humana, de modo análogo, muitos indivíduos deixam de procurar esse tratamento gratuito, por não terem obtido a informação de sua existência. Assim, mantém-se na sociedade inúmeros fumantes, que na maioria das vezes adquirem problemas de saúde decorrentes de seu hábito, representando gastos ao governo que chegam a bilhões de reais.     Fica nítido, portanto, a urgência de intervenções que auxiliem na redução do tabagismo. Primeiro, o Ministério da Saúde deve investir em campanhas, por meio do uso de recursos midiáticos, a fim de que a população fumante e não-fumante tenha maior conhecimento dos males do hábito de fumar, bem como dos tratamentos públicos já disponíveis. Outrossim, o governo deve elevar os valores do produto, de modo a desestimular gradativamente seu consumo. Talvez assim o Brasil, aos poucos, consiga reduzir as vítimas dessa droga, tão nociva.