Materiais:
Enviada em: 16/10/2018

No livro "Quem é você, Alasca?", de John Green, há um momento em que um personagem pergunta para a protagonista por que ela fuma, e a resposta é: "para morrer". Apesar de, na realidade, as pessoas não fumarem com finalidades depreciativas, as consequências podem ser semelhantes às literárias. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados: a falha familiar na prevenção do tabagismo entre os jovens e a aceitação do cigarro pela sociedade.   Em primeira análise, cabe pontuar que a falta de diálogo entre pais e filhos sobre o uso de cigarros é uma das principais causas da falha familiar na prevenção do tabagismo entre os jovens. Comprova-se isso por meio de uma citação feita pelo filósofo Talcott Parsons que afirma: "A família é uma máquina que produz personalidades humanas." Desse modo, um adolescente que não é ensinado pelos seus responsáveis sobre os malefícios do fumo está inclinado à se tornar um fumante por influência externa, pois o seu caráter não foi moldado para recusá-la.   Ademais, é importante frisar que a aceitação do cigarro pela sociedade contribui com o tabagismo. Isso ocorre porque, segundo Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar dotada de coercitividade, generalidade e exterioridade. Logo, percebe-se que a negligência se encaixa na teoria do sociólogo pois, se uma pessoa convive com um fumante, com o tempo, ela tende a "aprovar" tal comportamento, omitindo o mal causado pela nicotina.    Portanto, medidas são necessárias para atenuarem a problemática. É essencial que os familiares ensinem para os jovens os malefícios do fumo por meio do diálogo, garantindo que eles não sejam influenciados pela convivência com fumantes e tenham o mesmo comportamento. Além disso, o Ministério da Saúde, recorrendo aos meios midiáticos, deve instituir programas televisivos sobre pessoas que fumam e são incentivadas a deixar o vício pela família, promovendo a conscientização social e influenciando a população a não aceitar o tabagismo.