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Enviada em: 08/08/2018

Com a proximidade das eleições presidenciais de 2018, o brasileiro mais uma vez se depara com a discussão conflitante entre o apoio ao autoritarismo e a manutenção da democracia. E o debate tem fundamento nos últimos 60 anos, posto que houve avanços e retrocessos na Ditadura Militar (1964-1985) e na Democracia Pluralista (1985-2018). Mas, embora haja litígio ideológico, presenciamos mais desenvolvimentop social após a Constituição Federal de 1988.       Diz-se dessa forma, pois vigorou no Regime Militar o DOI-CODI (Departamento de Estado que era especializado em lidar com pessoas consideradas subversivas ao governo). Vale ressaltar que este órgão, além de identificar e prender pessoas, também matava e torturava inocentes. Vladimir Herzog, um jornalista da época, fora vítima desse sistema em 1975, sendo certo que sua morte somente foi esclarecida como homicídio na época da democracia, por meio da Comissão Nacional da Verdade.       Por outro lado, é importante destacar que, durante o governo militar, houve vasta censura à mídia. Raul Seixas, por exemplo, afirmava em suas apresentações que não se podia usar as palavras "povo" ou "gente" na elaboração de músicas. Não poderiam haver também críticas sociais ou ambientais nos jornais ou televisão. Joseph Gooebles teria inveja da atuação brasileira. No entanto, em sentido contrário, a democracia informou a população sobre o combate aos esquemas de corrupção "Mensalão" e "Lava-Jato", que desfalcaram bilhões dos cofres públicos.       Enfim, a Carta Magna de 1988 está longe de proporcionar a sociedade ideal, mas, pelo menos, evitou a violência do Estado contra pessoas inocentes, bem como garantiu liberdade de expressão. Assim, com a finalidade de obliterar o retorno do autoritarismo, e progredir, é necessário intensificar a divulgação das benesses do regime democrático por meio da mídia e das escolas, que devem estimular jornalistas e professores a enaltecerem a democracia, mostrando suas vantagens. Desse modo, poderemos escolher melhor o candidato político nas próximas eleições.