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Enviada em: 27/09/2018

Segundo o Existencialismo, doutrina filosófica surgida na França, no século XX, a liberdade de escolha é refletida nas condições de existência do ser. Portanto, cabe ao homem ser responsável por suas atitudes. Porém, no Brasil, em pleno século XXI, isso não passa de uma teoria, visto que não se usa a democracia para o desenvolvimento da sociedade - o que explicita a ausência de Políticas Públicas para a manutenção do bem-estar social.     No Brasil, indubitavelmente, existe lei do governo para proporcionar aos cidadãos a conquista de uma sociedade digna. Pode-se mencionar, por exemplo, a Constituição Federativa vigente no país, cujo objetivo - dentre outros direitos - é assegurar a todo e qualquer cidadão, independentemente de sua natureza, viver de forma justa e coesa. Isso, de certa forma, demonstra que o Estado já intenta contemplar as ideologias do Existencialismo.     Lei pontual como essa, contudo, não é suficiente para amenizar o uso negativo da democracia na sociedade brasileira, pois, devido à corrupção - que além de possibilitar promessas falsas, pode comprometer planos futuros - , o que se observa na maioria das camadas sociais da nação, sobretudo em período de eleições, é a compra e a venda de votos, motivadas, principalmente, pela alienação e a falta de oportunidades. Percebem-se, pois, as consequências da fragilidade da educação oferecida à maior parte da sociedade, que não prepara os indivíduos para exercerem, de fato, sua cidadania. A verdade é que, enquanto o Estado não pautar a educação nos princípios existencialistas, dificilmente o uso da democracia de forma negativa será atenuado, afinal " O homem é condenado a ser livre, porque depois de atirado neste mundo torna-se responsável por tudo que faz" , diz o filósofo francês existencialista Jean-Paul Sartre.      Depreende-se, pois, que há necessidade de investimentos no Ensino Básico - o que já é assegurado pela lei de Diretrizes e Bases, n°9.394/96. Para tanto, é plausível que o Estado, através do Ministério da Educação, não só contemple os componentes curriculares de Formação Cidadã e Ética, além de projetos interdisciplinares - realizados em escolas e comunidades - que contextualizem temas sobre a democracia e suas transcendências, mas também - em parceria com as Escolas - desenvolva em comunidades, palestras e campanhas publicitárias, a fim de apresentar a democracia e seus impasses, formando indivíduos com cidadania, atenuando, assim, o uso inadequado da democracia no Brasil. Se assim for feito, a maior parcela da nação desfrutará dos princípios defendidos pelo Existencialismo.