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Enviada em: 30/09/2018

Na antiguidade, a Grécia foi o berço do surgimento da democracia, a qual era restrita a grupos sociais abastados. Na atualidade, a Constituição brasileira garante a participação de todos os cidadãos nas deliberações democráticas. No entanto, é precária a inserção do brasileiro nos debates políticos, principalmente devido a falhas no sistema educacional e à descrença do povo nos representantes eleitos.       A princípio, destaca-se que a execução da  norma constitucional que garante o padrão de qualidade da educação é essencial para o desenvolvimento de indivíduos engajados politicamente. Nesse aspecto, o sociólogo Paulo Freire, na sua obra "Pedagogia do Oprimido", reafirma a necessidade de construção de um que estimule o indivíduo a pensar sobre o meio social, o que propiciará sua atuação sobre ele. Assim, o fornecimento de uma educação de qualidade insere o cidadão nos debates políticos e fortalece a democracia, ao permitir a maior compreensão  do contexto sociopolítico vigente e de prerrogativas legais, as quais podem ser inobservada pelos representantes legais eleitos.       Além disso, o descrédito que a classe de políticos tem com a sociedade faz com que o brasileiro não acredite na democracia como forma de superação de questões históricas. Isso ocorre na medida em que é recorrente na historiografia da nação a utilização dos bens e equipamentos públicos para o favorecimento de pequena parte de indivíduos, como pode ser observado do período da política  "café com leite" ao atual contexto de desvios identificados na Petrobrás. Desse modo, é antigo o descrédito que recai sobre os políticos, cujo trabalho nem sempre é voltado ao bem comum, como Aristóteles preconizou que deveria ser.       Destarte, no intuito de aumentar a participação política da sociedade, é necessária a proatividade de setores sociais. Nesse sentido, a atitude crítica deve ser estimulada precocemente, por meio de debates sobre política e sociologia, os quais devem ser realizados pelas escolas, com o objetivo de despertar no indivíduo o interesse pela alteração das relações sociais desfavoráveis. Ademais, a sociedade deve pressionar para que o Congresso Nacional combata a corrupção, por meio da votação de medidas preventivas e punitivas aos corruptos, com o fito de dirimir esse mal social, o qual faz com que o povo perca o interesse e esperança no funcionamento das instituições democráticas.