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Enviada em: 02/03/2018

Para Aristóteles, política era o mesmo que democracia. Porém em Atenas ela nunca foi completa. Pois, apenas os homens eram considerados cidadãos - excluíam-se aí as mulheres, escravos e crianças - e assim, tomavam as decisões pela sociedade. Olhando para o passado, fica clara a evolução da democracia através dos séculos. A Constituição de 1988 abriu um leque de possibilidades para expansão da democracia: direitos trabalhistas, sociais, à moradia, educação e saúde dentre tantos outros. Isso tudo após um longo período de represálias contra as liberdades individuais, sofridas durante a ditadura militar. Contudo, direitos escritos em um papel não garantem que eles serão de fato entregues. Pessoas ainda vivem na ruas, passando fome, à baixo da linha da pobreza e crianças ainda ficam sem estudar. O Brasil é um país atrasado, parece ter dificuldades de fugir das correntes da democracia antiquada de Atenas. Estudos feitos pela Economist Intelligence Unit apontam o Brasil em 44° lugar num ranking de classificação das democracias mundiais, sendo classificado como uma "democracia imperfeita". Essa pesquisa pode ser analisada observando que a três décadas temos políticos insistindo sistematicamente em discursos demagogos. Assim, convencem a população, e cria-se a esperança em um salvador, que no fim das contas não entrega a tão sonhada democracia para todos.  Portanto, quem deve tomar as rédeas da situação e buscar pelos seus direitos é a população. Não esperar que um herói os entreguem. Devemos torar intrínseca a vontade pela busca da democracia. Unida a sociedade civil brasileira já derrotou uma ditadura, e agora tem de haver um novo levante para alcançar a "democracia completa" e mostrar que somos capazes de escapar das correntes de uma pseudo democracia que a tanto tempo tentamos nos libertar.