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Enviada em: 26/03/2018

Ao país que não desiste mesmo exausto       A Constituição é Cidadã, seu codinome, então, conciliar democracia com ordem pública lançando mão de uma ação coletiva: Estado e povo é um desafio de enorme magnitude devido a diversidade social presente. Porque como disse Leandro Karnal, educador brasileiro, os governantes são o reflexo da própria sociedade. Assim, não adianta dizer que os políticos não representam a população, pois quem se apropria de uma caneta da empresa em que trabalha é tão infrator quanto aquele que desvia milhões dos cofres públicos para viagens, mansões e contas em paraísos fiscais.       A sociedade brasileira que se exime da responsabilidade quando se depara a escândalos de corrupção seja cruzando braços ou não denunciando ou se manifestando vestido de camisa da seleção por meio de panelaço sem procurar se informar da veracidade das notícias, além, claro, de ganhar apelidos como, o gigante acordou, o que representa muito pouco da complexidade social vigente. Os indivíduos desempregados, a inflação nas alturas, os hospitais sucateados, as escolas abandonadas são o reflexo da omissão dos “geladeira cheia”, carro zero e viagem de férias, infelizmente, o repertório é vasto no que se refere à indignação seletiva.       Os que se consideram responsáveis pelo caos em que o país se encontra “lutam vendados orientados por mudos” onde grunhidos indecifráveis ganham as mais variadas codificações e tentativas frustradas de saída do poço cansam os que buscam justiça social. A mídia que escolhe lados, se cala frente ao desfile arrebatador do Grêmio Recreativo Escola de Samba Paraíso do Tuiuti de 2018 e o silêncio que grita choca toda a sociedade que teima em ignorar os que são oprimidos e suas mazelas.       Os representantes eleitos devem bater ponto e apresentar produtividade, igualmente, os assalariados brasileiros; a sociedade deve lutar por dignidade para todos especialmente, para as minorias sociais sem representatividade; os parlamentares devem garantir que a Constituição Cidadã tenha mais valor no ambiente público do que a bíblia, além, claro, de separar a Igreja do Estado, pois esse é laico. Essas são algumas ações, pequenas e grandes, para uma possível conciliação entre: democracia e ordem pública. Assim, o Gigante pode ter condições de voltar a dormir em berço esplêndido.