Enviada em: 14/02/2019

John Locke, filósofo iluminista do século XVIII, respalda que "onde não há lei, não há liberdade", assim, assevera a importância de uma constituição defensora de direitos e igualdades sociais. Entretanto, apesar de o Brasil possuir uma constituição que adere as condições supracitadas, ainda persiste a falta de realização e entendimento das leis. Dessa forma, a sociedade não goza de seus direitos e deveres.        Primeiramente, é crucial ressaltar que a carta magna assegurou a cidadania e extinguiu formas abusivas de poder, além de tornar a educação, saúde e cultura um dever do estado. Consequentemente, índices como o analfabetismo e a expectativa de vida aumentaram em comparação ao antigo cenário brasileiro, porém, é inegável a existência do atraso nacional na escolaridade e na saúde básica, como mostra o estudo realizado em 2018 pelo Programa das Nações Unidas, que aponta uma queda de 23,9% na educação e na saúde.        Ademais, a pesquisa do Fórum Econômico Mundial, realizada em 2018, elenca o Brasil em 4º lugar entre os países mais corruptos do mundo. Assim, o pouco planejamento financeiro e o mau gerenciamento, como desvios e corrupções, corroboram com o aumento das taxas tributárias e com serviços de má qualidade e estrutura. Logo, apesar de haver uma constituição que preze os direitos humanos e a cidadania, a falta de prática tende a afastar o ideal de igualdade defendido pelos iluministas.        Portanto, é necessário que medidas sejam articuladas, tendo em vista os retrocessos causados pela má gestão política no Brasil. Cabe a mídia em consonância ao Ministério da Educação, por meio de propagandas instigar a postura de senso crítico e debate acerca dos direitos e deveres dos cidadãos, com pesquisas recentes sobre as políticas atuais, a fim de corroborar com a conscientização dos diretos e deveres que o estado possui e se está ou não cumprindo com esses. Ademais, é necessário que a Polícia Federal e o Ministério Público deixem como prioridade os casos de corrupção e desvios, a fim de atenuar e aos poucos mudar a situação econômica do país.