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Enviada em: 31/07/2019

Em 2009, o filme "A Onda" espantou o mundo ao demonstrar que não há limites morais ou legais para impedir um indivíduo que procura a sensação de pertencimento a um grupo ou sociedade. Em busca desta mesma sensação, em 1988 a Constituição Cidadã foi aprovada com o intuito de redemocratizar o Brasil e restaurar a cidadania, entretanto sobrecarregou o Estado e a população permaneceu ignorante mediante ao conhecimento de seus direitos estabelecidos.   Em primeiro lugar, é necessário compreender os motivos aos quais levaram o Estado a ser o principal responsável por acatar e executar a  Constituição. Sobre isso, os anos anteriores dizem muito ao expor o período ditatorial em que o país se encontrava e como a prática da repressão, censura e a ausência total de transparência política eram corriqueiras. Logo, é compreensível que, para evitar uma nova centralização de poder, aja um fundamental papel do Estado, contudo, o excesso o levou a um desgaste e prejudicou a efetivação dos direitos.   Além disto, mesmo após Constituição entrar em vigor, poucos indivíduos tomaram conhecimento de seu conteúdo. Séculos atrás, a cidade de Atenas já contava com a cidadania, entretanto a restringia em uma pequena parcela de sua população que, além de deveres políticos, usufruía de direitos aos quais se faziam saber. Visto que ser cidadão é ter direitos e deveres, não há como cobrar que a Constituição Cidadã seja executada sem que a população saiba de seu conteúdo.    Diante do exposto, é necessário aprimorar o documento. Para isso, o Legislativo deve, por meio de sessões nas câmaras, debater sobre uma melhor distribuição do poder político brasileiro para que não haja centralização ou sobrecarga em nenhum dos envolvidos. Ademais, o Ministério da Educação deve incluir o ensino dos direitos e deveres do cidadão a matriz curricular das escolas brasileiras para estabelecer um futuro com uma população consciente e uma nova geração de políticos mais responsável.