Materiais:
Enviada em: 19/08/2019

O período entre os anos de 1964 e 1985 foram extremamente marcantes para o Brasil, dado que a população estava à mercê da ditadura militar. Não obstante, em meados da década de 1970, o poder das Forças Armadas começou a se deteriorar e, finalmente com a promulgação da Constituição Cidadã, o fim do regime foi legitimado. Com isso, ao vislumbrar os trinta anos de vigência da Constituição, vê-se que a sociedade melhorou em alguns aspectos, mas ainda carece de melhora em muitos outros.      De fato, ao se vislumbrar o cenário anterior à Constituição é aterrador, visto que não havia o direito ao voto ou a programas de assistência social. Dessa forma, a legitimação desses direitos, a partir de 1988, trouxe uma maior relevância ao cidadão brasileiro, que passou a ter um maior contato com a política e seus representantes, graças ao voto. Bem como, deu lugar para que surgissem programas como o Bolsa Família, que auxilia diversas famílias em zonas de extrema pobreza.       Por outro viés, apesar dos avanços conquistados, há ainda uma grande discrepância entre a teoria e a prática, como em relação ao artigo que cita que todo o cidadão deve ter direito à vida, liberdade, segurança e propriedade. Entretanto, a realidade é de um país que concentra a maior parte da renda na mão de uma minoria e as classes menos favorecidas ficam à mercê de uma vida precária, muitas vezes morando em bairros periféricos, com índices altos de criminalidade, ausência de assistência médica e escolar de qualidade nos hospitais e escolas públicos, respectivamente.      Em suma, a Constituição Cidadã foi essencial para suscitar amplas melhorias sociais, mas ela ainda entra em conflito com uma realidade que está longe do ideal. Portanto, para que haja uma maior paridade entre a teoria e a prática é preciso que o governo se una em todas as suas instâncias (municipal, estadual e federal), para que com o auxílio dos profissionais capacitados (professores, médicos, policiais) e da população se faça o mapeamento dos problemas regionais. Então, a partir disso deve haver o direcionamento dos recursos públicos, para a melhoria da estrutura de escolas e hospitais, bem como para a realização de cursos de capacitação com o intuito de retirar jovens da criminalidade. Só assim a melhoria será alcançada.